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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

TUDO VIRA

Discente: Gabriel Silva Batista; 
Disciplina: Arte e Ciência: Diálogos Interdisciplinares II; 
Turma: 01 Sala K;  3ª Ano Artes Visuais - UEM;  
Título: Tudo vira;
Técnica: Nanquim sobre papel e fezes de cavalo;
Tamanho: 73cm X 34 cm.


Fig. 1.

Fig. 2.

Fig. 3.

Denominada "TUDO VIRA", a obra é composta por 3 ilustrações que remetem diretamente a personagens do filme '2001'. A primeira ilustração (Fig. 1) representa o hominídeo apresentado no segmento inicial do filme em sua icônica cena onde descobre que pode utilizar o osso como ferramenta para angariar poder, disseminando, com isso, a dominação e a violência.

A segunda ilustração (Fig. 2) retrata o astronauta. Mas não só o astronauta. Retrata o homem moderno como um todo. O homem que quer entender o que há "além", nos confins de um universo minimamente explorado. Um ser insignificante que, ainda assim, se entende como superior a outros seres. Um ser que dia e noite se desdobra para entender os arredores do gigantesco universo que o rodeia, para entender o "fora". E tanto quanto, para entender o "dentro". Uma humanidade própria ainda também pouco explorada e decifrada. Uma insignificância de si próprio.
A terceira ilustração (Fig. 3) traz a figura do monólito. Enigmaticamente aparecido ao longo de todo o filme, o monólito representa, em minha obra, um ser superior. Em concordância com o filme "2010 - O ano em que faremos contato" (1984), um ser de elevação, afastado das limitações do ser humano. Representa um ideal, um auge.
As três ilustrações estão propositalmente rodeadas por um material orgânico: fezes. A ideia de usar tal material tão incomum veio principalmente da canção "Tudo Vira Bosta, composta por Moacyr Franco e interpretada por Rita Lee.


"O ovo frito, o caviar e o cozido

A buchada e o cabrito
O cinzento e o colorido
A ditadura e o oprimido
O prometido e não cumprido
E o programa do partido
Tudo vira bosta


O vinho branco, a cachaça, o chope escuro

O herói e o dedo-duro
O grafite lá no muro
Seu cartão e seu seguro
Quem cobrou ou pagou juro
Meu passado e meu futuro
Tudo vira bosta
Um dia depois

Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta
Filé minhão, champinhão, Don Perrinhão

Salsichão, arroz, feijão
Mulçumano e cristão
A Mercedes e o Fuscão
A patroa do patrão
Meu salário e meu tesão
Tudo vira bosta
O pão-de-ló, brevidade da vovó

O fondue, o mocotó
Pavaroti, Xororó
Minha eguinha pocotó
Ninguém vai escapar do pó
Sua boca e seu loló
Tudo vira bosta
Um dia depois

Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta
A rabada, o tutu, o frango assado

O jiló e o quiabo
Prostituta e deputado
A virtude e o pecado
Esse governo e o passado
Vai você que eu 'tô cansado
Tudo vira bosta
Um dia depois

Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta
[...]"
TUDO vira bosta. Compositor: Moacyr Franco. Intérprete: Rita Lee. [S. l.]: Som Livre, 2003.
A conclusão a que chego a partir de minha obra é de que: apesar de toda a grande filosofia humana de desbravamento, de conquista, de poderio, tudo ao fim cai ao mesmo relento. O que o monólito representa, toda a evolução a qual não temos acesso, todo o mistério ao entorno do que há no "fora", pode ser que não se suprima a fim tão mísero. Mas as cabeças que pensam sobre isso hoje, tal qual a minha, a de meus colegas aqui presentes, a do professor, todas estas sim, virarão escória. Todas estas obras, todos estes materiais, todas essas aulas... tudo virará bosta. Não que já não sejam. Se o monólito assistisse a tudo isto, ele veria uma aula ou um quadro cheio de fezes?

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

EM BUSCA DE JÚPITER





Disciplina: Arte e ciência: diálogos interdisciplinares II - Professor Marcos Danhoni
Curso: Artes Visuais Turma: 2
Discente: Larissa Cassia Braz de Oliveira RA: 102237


EM BUSCA DE JÚPITER (2020)
Com base no filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, produzi essa pintura para representar a viagem da nave espacial até Júpiter, em busca dos monólitos Para o processo da produção, utilizei tinta guache em um papel A4 e posca branca para alguns detalhes, além de esponja, clips e estilete para o recorte, trajeto e sobreposição da nave. A bordo da nave Discovery One estão David Bowman e Frank Poole, poupando o máximo de recursos que conseguiam, para que durassem mais e HAL 9000, o computador comandante, que foi a chave para a descoberta dos monólitos. No vídeo, represento o trajeto da nave ao redor de Júpiter.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Thalia 9000



Discente: Thalia Mendes Rocha RA: 103257; 
Disciplina: Arte e Ciência: Diálogos Interdisciplinares II; 
Turma: 01 Sala K;  3ª Ano Artes Visuais - UEM;  
Título: Thalia 9000;
Técnica: Montagem Digital - Impressão em papel fotográfico;
Tamanho: 148x210 A5.  


Esta produção faz alusão a HAL 9000 o computador de inteligência artificial retratado no filme “2001 Uma Odisseia No Espaço” de Stanley Kubrick. O trabalho além, de fazer referência ao personagem coloca em cheque o quanto nos tornamos máquinas e até que ponto chegamos para alcançar aquilo o qual acreditamos que estamos destinados. Criamos máquinas convivemos com elas, fazemos com que elas se comportem como nós, se pareçam como nós e até que pesem como ou melhor que nós. O que nos leva a pensar: até que ponto dominamos as máquinas e até que ponto elas nos dominam?Nos tornamos reféns da tecnologia?O que corrobora com Luís Paulo Piassi, em seu artigo “ A Transcendência Pela Tecnologia Em 2001: A Space Odyssey- Humanos, Pós- Humanos E Trans Humanos” quando o mesmo nos fala sobre este conflito:
HAL nos coloca assim uma nova contrariedade, entre “humano” e “objeto”. A máquina, antes instrumento de poder humano, usada para a sobrevivência agora reivindica status de sujeito. Se isso não era possível ao fêmur usado como arma no início do filme e nem mesmo as espaçonaves, o fato é que uma máquina pode pensar leva imediatamente à negação de sua condição de “objeto” e a possibilidade latente que se afirme sua condição “sujeito e, dessa forma, iguale-se a nós em suas potencialidades. (Pág.. 06, 07).
Após a leitura deste trecho podemos notar o quão se torna complicada nossa relação com as máquinas, no filme 2001 os personagens foram enganados por Hal e tiveram que desligá-lo para que não comprometer a missão o que não acabou acontecendo visto que os tripulantes da nave acabaram mortos. Já no Filme “2010 O Ano Em Que Faremos Contato” de Peter Hyams o personagem que criou HAL teve que mentir para o computador a fim de beneficiar a todos e descobrir a razão da morte de seus antigos tripulantes. O que podemos notar destes dois filmes é que o ser humano criou uma máquina potente de inteligência artificial que se tornou uma ameaça para todos pois, entrou em conflito com seus princípios básicos de criação e se tornou uma ameaça para a tripulação.

Com base nos filmes e fatos já mencionados a presente produção visa, levantar essas e outras questões que possam decorrer do tema homem e máquina, a produção visual foi feita a partir de uma mesma foto manipulada de várias formas através de programas de edição de imagens e filtros com a intenção de mostrar a evolução da personagem humana Thalia 9000.


Esta obra faz parte de uma produção coletiva, desempenhada para a disciplina de Arte e Ciência Diálogos Interdisciplinares II.

A ARTE DOS BASTIDORES

Discente: Arthur Zanetti Ghizellini, RA:104237;
Disciplina: Arte e Ciência: Diálogos Interdisciplinares II;
Turma: Turma 1 (Sala K) - 3° Ano, Artes Visuais - UEM;
Produção: 2 obras artísticas;
Dimensão: Cada produção em tamanho A5;
Materiais: Caneta Hidrocor, Tinta Aquarela e Papel de gramatura 180.

Nestas produções tentei capturar um pouco sobre a experiência de criação do filme “2001: Uma odisseia no espaço” e para isso desenvolvi duas pinturas híbridas utilizando tinta aquarela e caneta hidrocor.
Se levado em consideração a história do livro “The Sentinel”, de Arthur C. Clarke, na qual através de uma equipe de pesquisa é descoberta uma “pirâmide de cristal” de origem extraterrestre presente em solo lunar por milhões de anos, a adaptação realizada por Kubrick seria um tanto diferente em aspectos detalhistas e fiéis ao livro. No entanto Kubrick determinou que o objeto alienígena trazido no filme tivesse formas retas como um tetraedro e fosse transparente (para isso seria utilizado para sua construção o material Acrílico).
A decisão logo mudou ao não se obter o resultado desejável para suas visualidades, trocando o objeto por um monólito totalmente preto. Nesta produção, tentei trazer essa “ruptura” do formato original do objeto alienígena, até chegar ao monólito como é visto no filme finalizado.



O filme “2001: Uma Odisseia no espaço” foi produzida por Stanley Kubrick e lançado em abril de 1968, porém a produção começou em 1965, sendo que as cenas ocorridas no espaço foram as primeiras a serem gravadas. Levando em consideração que a NASA a cada mês lançava novas fotografias com maior resolução e detalhamento do solo lunar, as imagens e cenas lunares produzidas para o filme sofreram transformações diversas vezes, algumas tendo que ser refeitas para ser o mais fiel possível a realidade. Além disso, os primeiros astronautas a chegarem perto da Lua foram os tripulantes da Apollo 8, na noite de natal de 1968, ou seja, depois do filme. As imagens produzidas da terra vista de longe foi completamente produzida sem perspectiva da realidade e imaginando como seria a cor da terra vista do espaço, pois apenas em 1967 surgiu a primeira foto colorida da terra vista de longe. Nesta produção tentei trazer este aspecto imaginário, produzindo diferentes luas e terras.


As duas produções fazem parte de uma coletânea de obras realizada por uma produção coletiva.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Uma conversa séria

Título: Uma conversa séria.
Materiais: Lápis de cor e canetinha sobre Canson.

Para esta produção quis fazer algo mais cômico. Relacionei o filme 2001: Uma odisseia no espaço com as leis da robótica, apresentadas por Isaac Asimov em seu livro "Eu, robô" que foi base para o convívio entre humanos e robôs. Como um grande fã de Isaac Asimov, meu pai já havia me dito as três leis principais da robótica sendo a primeira e mais importante que um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal que é exatamente o que Hal (personagem de 2001) faz ao colocar a missão em prioridade e matar a tripulação.
Desenhei o escritor Asimov conversando com Hal.

Aluna: Sophia Adorno Pipino  RA: 104158

“VÊNUS- 13000”


Professor: Marcos Cesar Danhoni Neves

Disciplina: Arte e ciência: diálogos interdisciplinares II
Curso: Artes Visuais Turma: 2 (L), 3º ano – 2019
Discente: Jaqueline Silva do Nascimento RA: 106089

TÍTULO: “VÊNUS- 13000”
MATERIAIS: Placa de ferro, porcas, pregos, anel de madeira, espuma de poliuretano flexível e cola permanente.
PROPOSTA: No futuro a Terra estará tomada por lixo e gases poluentes para atmosfera, homens, mulheres e não-binárixs ricas estarão confortavelmente em suas casas construídas em um planeta artificial. Quem ficou? Os avessos do mapa-mundi, o outro do outro, mulheres, não-binárixs e homens pobres. Corpos e identidades administradas e/ou criadas para atender as políticas colonizadoras que oprime e privilegiam não-negros, não-latinos e não-indígenas, são presenças esquecidas e silenciadas vivendo no que resta de Terra, o limbo da dignidade humana na acostumada resistência. VÊNUS-13000 seria a materialização da resistência, uma nave carregada de pensadores anarco-anticoloniais em busca de outro planeta com condições de vida.
DIMENSÃO : 4cm altura x 7,5 cm diâmetro.