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domingo, 8 de julho de 2018

QUANDO O CARBONO TRANSBORDA / [CUANDO EL CARBONO DESBORDA]

QUANDO O CARBONO TRANSBORDA        [CUANDO EL CARBONO DESBORDA]




Alexia Amando Doro
Beatriz Marques Nolli
Beatriz Naomi Ichiba
Fernanda Ayumi Sakuma
Jacqueline Amadio de Abreu
Marcio Soares Pili
Matheus Gonçalves Gorni


Em 2018 os filmes “The Planet Of The Apes” e “2001, A Space Odyssey” completaram respectivamente 50 anos desde seu lançamento em 1968, e nós do Curso de Artes Visuais- Licenciatura – UEM, tivemos o privilégio de criar uma série artística na disciplina Arte e Ciência: Diálogos Interdisciplinares I, que associa os dois filmes e  que nos fez questionar:
O que é ser humano? Será que essa pergunta pode ser respondida levando consideração unicamente o DNA? Discussões em grupo levantaram todo tipo de questões quanto as possíveis ligações entre os filmes 2001: Uma odisseia no espaço e Planeta dos Macacos e dentre elas surgiram diversos apontamentos, tais como a relação espaço- tempo ou o desenvolvimento tecnológico, No entanto, um, dentre todos os outros, nos chamou mais atenção nos levando a optar por uma abordagem diferente.

O tema escolhido retoma a pergunta inicial deste post: o que é ser humano? Talvez a escolha de um tema mais relacionado á tecnologia ou á estudos de relatividade e espaço, por exemplo, e como eles se apresentam nos filmes estivesse mais em evidência no começo. Todavia, a humanidade ou, ao menos, os sentimentos e ações de personagens em ambos os filmes nos levam a pensar se ser humano se limita a espécia. Se determinados comportamentos, sentimentos, ideias e questionamentos, dentre outras características.
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[sinopsis en español]

Cuando el carbono desborda


En 2018 las películas "The Planet Of The Apes" y "2001, la Space Odyssey" cumplieron 50 años desde su lanzamiento en 1968, y nosotros del Curso de Artes Visuales-Licenciatura - UEM, tuvimos el privilegio de crear una serie artística en la disciplina "Arte y Ciencia: Diálogos Interdisciplinarios I, que asocia las dos películas y que nos hizo la pregunta:

¿Qué es el ser humano? ¿Será que esta pregunta puede ser respondida tomando la consideración únicamente del ADN? Las discusiones en grupo plantearon todo tipo de preguntas sobre las posibles conexiones entre las películas "2001: una Odisea en el Espacio" y el "Planeta de los Simios" y entre ellas surgieron diversos apuntes, tales como la relación espacio-tiempo o el desarrollo tecnológico, sin embargo, uno, entre todos los demás, nos ha llamado más atención para llevarnos a optar por un enfoque diferente.El tema elegido recoge la pregunta inicial de este post: ¿qué es el ser humano? Tal vez la elección de un tema más relacionado con la tecnología o los estudios de relatividad y espacio, por ejemplo, y cómo se presentan en las películas estuviera más en evidencia al principio. Sin embargo, la humanidad o, al menos, los sentimientos y acciones de personajes en ambas películas nos llevan a pensar si el ser humano se limita a la especie.  (...)

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Para compreendermos de maneira mais eficaz o propósito deste trabalho recorremos à Leontiev (1998) e Santella (2007) com o objetivo de compreender um pouco o desenvolvimento histórico social humano, bem como o possível caminho pelo qual ele percorrerá nos anos que se seguirão.
Alexis Leontiev (1978), em O desenvolvimento do psiquismo faz uma breve linha temporal para explicar o desenvolvimento social do ser humano. De acordo com ele, esse desenvolvimento se divide em estádio. No primeiro o australopitecos, nosso ancestral do final do “terciário e […] início do quaternário” (LEONTIEV, 1978, p. 261), utilizava utilíssimos ainda rústicos gozando de meios de comunicação entre si ainda muito primitivos e levando uma vida gregária. “Neste estádio reinavam ainda sem partilha as leis da biologia” (LEONTIEV, 1978, p. 261).

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[EN ESPAÑOL]

Para comprender de manera más eficaz el propósito de este trabajo recurrimos a Leontiev (1998) y Santella (2007) con el objetivo de comprender un poco el desarrollo histórico social humano, así como el posible camino por el cual recorrerá en los años que se seguirán.
Alexis Leontiev (1978), en El desarrollo del psiquismo hace una breve línea temporal para explicar el desarrollo social del ser humano. De acuerdo con él, ese desarrollo se divide en estadios. En el primero el australopitecos, nuestro ancestral del final del "terciario y [...] inicio del cuaternario" (LEONTIEV, 1978: 261), utilizaba herramientas aún rústicas gozando de medios de comunicación entre sí todavía muy primitivos y llevando una vida gregaria. "En este estadio reina aún sin compartir las leyes de la biología" (LEONTIEV, 1978: 261).
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Leontiev (1978), então, segue ao segundo estádio no qual inicia-se o uso e fabricação de instrumentos e os primórdios do convívio em sociedade e de trabalho. Este período “vai desde o aparecimento do pitecantropo à época do homem de Neanderthal […]” (LEONTIEV, 1978, p. 262). É durante este período que o desenvolvimento do “cérebro, dos seus órgãos dos sentidos, da sua mão e dos órgãos da linguagem […] tornava-se dependente do desenvolvimento da produção” (LEONTIEV, 1978, p. 262) sendo ela um processo social e histórico. 
                                     Assim se desenvolvia o homem, tornado sujeito do processo social de trabalho, sob a ação de duas espécies de leis: em primeiro lugar, as leis biológicas, em virtude das quais os seus órgãos se adaptaram às condições e às necessidades da produção; em segundo lugar, às leis sócio-históricas que regiam o desenvolvimento da própria produção e os fenômenos que ela engendra (LEONTIEV, 1978, p. 262).

O autor ainda apresenta um terceiro estádio
                                     […] onde o papel respectivo do biológico e do social na natureza do homem sofreu nova mudança. É o estádio do aparecimento do tipo do homem atual o Homo sapiens. Ele constitui a etapa essencial, a viragem. É o momento com efeito em que a evolução do homem se liberta totalmente da sua dependência inicial para com as mudanças biológicas inevitavelmente lentas, que se transmitem por hereditariedade. Apenas as leis sócio-históricas regerão doravante a evolução do homem (LEONTIEV, 1978, p. 262).

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[EN ESPAÑOL]
Leontiev (1978), entonces, sigue al segundo estadio en el que se inicia el uso y fabricación de instrumentos y los primordios de la convivencia en sociedad y de trabajo. Este período "va desde la aparición del pitecantropo a la época del hombre de Neanderthal [...]" (LEONTIEV, 1978: 262). Es durante este período que el desarrollo del "cerebro, de sus órganos de los sentidos, de su mano y de los órganos del lenguaje [...] se tornaba dependiente del desarrollo de la producción" (LEONTIEV, 1978: 262), siendo ella un proceso social e histórico.
                                         Así se desarrollaba el hombre, hecho sujeto del proceso social de trabajo, bajo la acción de dos especies de leyes: en primer lugar, las leyes biológicas, en virtud de las cuales sus órganos se adaptaron a las condiciones ya las necesidades de la producción; en segundo lugar, a las leyes socio-históricas que regían el desarrollo de la propia producción y los fenómenos que ella engendra (LEONTIEV, 1978: 262).
                                          El autor todavía presenta una tercera fase
                                     [...] donde el papel respectivo de lo biológico y lo social en la naturaleza del hombre sufrió un nuevo cambio. Es el estadio de la aparición del tipo del hombre actual el Homo sapiens. Él constituye la etapa esencial, el viraje. Es el momento en que la evolución del hombre se libera totalmente de su dependencia inicial hacia los cambios biológicos inevitablemente lentos, que se transmiten por herencia. Sólo las leyes socio-históricas regirán en adelante la evolución del hombre (LEONTIEV, 1978: 262).

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Se pensarmos por este viés é possível perceber a necessidade cada vez menor do ser humano de evoluir biologicamente frente aos avanços obtidos em sociedade, embora não se possa descartar o fato de que as mudanças biológicas não deixaram de existir. O fato é que, como o autor explica, no alvorecer da humanidade, como já dito, até chegarmos ao período atual, a relação sócio-histórica tem se tornado mais densa ao ponto em que “as modificações biológicas hereditárias não determinam o desenvolvimento sócio-histórico do homem e da humanidade” (LEONTIEV, 1978, p. 262).
Mas então, por que outros animais que também vivem em sociedade não atingiram o mesmo nível de desenvolvimento dos seres humanos? O autor nos responde esta pergunta apontando o trabalho como fundamental para entender como chagamos onde chegamos. O trabalho é a atividade humana responsável por transmitir aquilo que não se poderia apenas pelo biológico, mas sim por meio da atividade criadora e produtiva que nos difere de outros animais. 
                                     Pela sua atividade, os homens não fazem senão adaptar-se à natureza. Eles modificam-na em função do desenvolvimento de suas necessidades. Criam os objetos que devem satisfazer as suas necessidades e igualmente os meios de produção desses objetos, dos instrumentos às máquinas mais complexas. Constroem habitações, produzem as suas roupas e outros bens materiais. Os progressos realizados na produção de bens materiais são acompanhados pelo desenvolvimento da cultura dos homens; o seu conhecimento do mundo circundante e deles mesmos enriquece-se, desenvolvem-se a ciência e a arte (LEONTIEV, 1978, p. 263).

É também relevante entender que
                                     Ao mesmo tempo, no decurso da atividade dos homens, as suas aptidões, os seus conhecimentos e o seu saber-fazer cristalizam-se de certa maneira nos seus produtos (materiais, intelectuais, ideais). Razão por que todo o progresso no aperfeiçoamento, por exemplo, dos instrumentos de trabalho pode considerar-se, deste ponto de vista, como marcando um novo grau do desenvolvimento histórico nas aptidões motoras do homem; também a complexificação da fonética das línguas encarna os progressos realizados na articulação dos sons e do ouvido verbal, os progressos das obras de arte, um desenvolvimento estético, etc (LEONTIEV, 1978, p. 263).


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[EN ESPAÑOL]

Si pensamos por esa razón es posible percibir la necesidad cada vez menor del ser humano de evolucionar biológicamente frente a los avances obtenidos en sociedad, aunque no se puede descartar el hecho de que los cambios biológicos no dejan de existir. El hecho es que, como el autor explica, en el alba de la humanidad, como ya se ha dicho, hasta llegar al período actual, la relación socio-histórica se ha vuelto más densa al punto en que "las modificaciones biológicas hereditarias no determinan el desarrollo socio- histórico del hombre y de la humanidad "(LEONTIEV, 1978: 262).

Pero entonces, ¿por qué otros animales que también viven en sociedad no alcanzaron el mismo nivel de desarrollo de los seres humanos? El autor nos responde esta pregunta apuntando el trabajo como fundamental para entender cómo llagamos donde llegamos. El trabajo es la actividad humana responsable de transmitir aquello que no se podría sólo por lo biológico, sino por la actividad creadora y productiva que nos diferencia de otros animales.


                                     Por su actividad, los hombres no hacen sino adaptarse a la naturaleza. Ellos la modifican en función del desarrollo de sus necesidades. Crean los objetos que deben satisfacer sus necesidades y también los medios de producción de esos objetos, de los instrumentos a las máquinas más complejas. Construyen viviendas, producen sus ropas y otros bienes materiales. Los progresos realizados en la producción de bienes materiales se acompañan del desarrollo de la cultura de los hombres; su conocimiento del mundo circundante y de ellos mismos se enriquece, se desarrollan la ciencia y el arte (LEONTIEV, 1978: 263).


También es pertinente entender que



                                     Al mismo tiempo, en el curso de la actividad de los hombres, sus aptitudes, sus conocimientos y su saber hacer se cristalizan de cierta manera en sus productos (materiales, intelectuales, ideales). Razón por la que todo progreso en el perfeccionamiento, por ejemplo, de los instrumentos de trabajo puede considerarse, desde este punto de vista, como marcando un nuevo grado del desarrollo histórico en las aptitudes motoras del hombre; la complejidad de la fonética de las lenguas encarna los progresos realizados en la articulación de los sonidos y del oído verbal, los progresos de las obras de arte, un desarrollo estético, etc. (LEONTIEV, 1978: 263).

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Dessa forma, ao levar em consideração os apontamentos de Leontiev pode-se perceber a relevância do convívio social e histórico, além das aptidões motoras (como a fala) e o desenvolvimento do conhecimento englobando a arte e a ciência quando se fala em ser humano e suas diferenças com relação aos outros animais. Todavia, ao compreendermos as informações que o autor proporciona, esbaramos ainda no questionamento: o que ser humano? Será que as transformações se limitam ao que atingimos atualmente em termos de desenvolvimento humano?
Para Lucia Santaella em Pós- humano – por que? a resposta é bem clara: não. De acordo com a autora o desenvolvimento humano agora encontra um novo horizonte mesclando a tecnologia aos saberes e ampliando o desenvolvimento humano. De acordo com ela,
                                     […] o quadro que se apresenta é impressionante. Kaku (2001, p. 18) sublinha que o conhecimento humano duplica a cada dez anos. Nas últimas décadas, foi gerado mais conhecimento científico do que em toda a história humana. O número de seqüências de DNA que podemos analisar duplica a cada dois anos. Quase diariamente, as manchetes proclamam novos avanços em computação, telecomunicações, biotecnologia e exploração do espaço” (SANTAELLA, 2007, p. 128).

A tecnologia tem alcançado novos níveis e, até mesmo, se integrando aos corpos antes a mercê da biologia, apenas. " Para muitos analistas do social as mutações são vastas e profundas, atingindo proporções antropológicas tão ou mais impactantes do que foram as da revolução neolítica" (SANTAELLA, 2007, p. 128).

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[EN ESPAÑOL]

De esta forma, al tomar en consideración los apuntes de Leontiev se puede percibir la relevancia de la convivencia social e histórica, además de las aptitudes motoras (como el habla) y el desarrollo del conocimiento englobando el arte y la ciencia cuando se habla de ser humano y sus diferencias con respecto a otros animales. Sin embargo, al comprender las informaciones que el autor proporciona, chocamos aún en el cuestionamiento: ¿qué ser humano? ¿Las transformaciones se limitan a lo que alcanzamos actualmente en términos de desarrollo humano?
Para Lucia Santaella en Pos-humano - ¿por qué? la respuesta es clara: no. De acuerdo con la autora el desarrollo humano ahora encuentra un nuevo horizonte mezclando la tecnología a los saberes y ampliando el desarrollo humano. De acuerdo con ella,
                                     [...] el cuadro que se presenta es impresionante. Kaku (2001: 18) subraya que el conocimiento humano se duplica cada diez años. En las últimas décadas, se ha generado más conocimientos científicos que en toda la historia humana. El número de secuencias de ADN que podemos analizar duplica cada dos años. "Casi diariamente, los titulares proclaman nuevos avances en computación, telecomunicaciones, biotecnología y exploración del espacio" (SANTAELLA, 2007, p. 128).

La tecnología ha alcanzado nuevos niveles y, incluso, integrando a los cuerpos antes de la biotecnología, sólo. "Para muchos analistas del social, las mutaciones son vastas y profundas, alcanzando proporciones antropológicas tan o más impactantes de lo que fueron las de la revolución neolítica" (SANTAELLA, 2007, p. 128).
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"Os ambientes irão se tornar inteligentes, transformando tudo à nossa volta, inclusive a natureza do comércio , a riqueza das nações e o modo como nos comunicamos. trabalhamos, nos divertimos e vivemos" (SANTAELLA, 2007, p. 128).

                                     São vários os termos aparentados a “ciborgue” e nas vizinhanças da idéia do pós-humano que foram sendo introduzidos com a finalidade de caracterizar a mutação dos corpos como fruto das simbioses do ser humano com as próteses tecnológicas” (SANTAELLA, 2007, p. 130).

A autora tem preferência pelo termo “biocibernético” para denominar tais mutações simbióticas
                                     […] porque “bio” apresenta significados mais abrangentes do que “org”, e, de outro lado, porque “biocibernético” expõe a hibridização do biológico e do cibernético de maneira mais explícita, além de que não está culturalmente tão sobrecarregado quanto “ciborgue” com as conotações triunfalistas ou sombrias do imaginário fílmico e televisivo (SANTAELLA, 2007, p. 130).

Outros termos são utilizados como “prótese”, no entanto
                                  embora a palavra “prótese” seja bem funcional para caracterizar as extensões tecnológicas do corpo, a meu ver o significado dessa palavra ficou muito colado ao aspecto visível das extensões, idéia que busco evitar, visto que, cada vez mais, as extensões estão aderindo à fisicalidade de nossos corpos e habitando seus interiores, indicando uma tendência para se tornarem invisíveis e mesmo imperceptíveis” (SANTAELLA, 2007, p. 131).

Retomando o que já foi dito por Leontiev (1978) quando salientou o desenvolvimento da fala, Santaella (2007) completa a discussão afirmando que o falar não é natural.
                                     Embora sob o disfarce insuspeito da naturalidade, a primeira tecnologia simbólica está no nosso próprio corpo: a tecnologia da fala. Certo estava Freud ao constatar, depois da virada dos anos 1920, que o ser falante é um animal desnaturalizado. A fala nos arranca do mundo natural e nos coloca, sem retorno possível, no artifício. Falar não é natural. Natural é sugar, chupar, comer, respirar. Falar, cantar, beijar, chorar e rir são funções inseparáveis de um mesmo artifício, o artifício da maquinaria simbólica que está instalada em nosso próprio corpo. Dessa primeira maquinaria, de cuja fabricação não participamos, pois ela foi paradoxalmente instalada em nós pela natureza, todas as outras maquinarias, técnicas, artifícios ou tecnologias são prolongamentos, conforme venho argumentando há alguns anos (Apud. Santaella, 1994, 2003).

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[EN ESPAÑOL]

"Los ambientes se volverán inteligentes, transformando todo a nuestro alrededor, incluso la naturaleza del comercio, la riqueza de las naciones y el modo en que nos comunicamos, trabajamos, nos divertimos y vivimos" (SANTAELLA, 2007: 128).
                                     En el caso de las mujeres, la mayoría de las veces, la mayoría de las veces, la mayoría de las veces, la mayoría de las personas que sufren. 130).
La autora tiene preferencia por el término "biocibernético" para denominar tales mutaciones simbióticas
                                     [...] porque "bio" presenta significados más amplios que "org", y, por otro lado, porque "biocibernético" expone la hibridización de lo biológico y del cibernético de manera más explícita, además de que no está culturalmente tan sobrecargado como " ciborgue "con las connotaciones triunfalistas o sombrías del imaginario fílmico y televisivo (SANTAELLA, 2007: 130).
Otros términos se utilizan como "prótesis", sin embargo
                                aunque la palabra "prótesis" sea bien funcional para caracterizar las extensiones tecnológicas del cuerpo, a mi ver el significado de esa palabra quedó muy pegado al aspecto visible de las extensiones, idea que busco evitar, ya que, cada vez más, las extensiones se adhieren a la extensión que es una de las más importantes de la historia de la humanidad.
Retomando lo que ya fue dicho por Leontiev (1978) cuando subrayó el desarrollo del habla, Santaella (2007) completa la discusión afirmando que el hablar no es natural.
                                     Aunque bajo el disfraz insospechado de la naturalidad, la primera tecnología simbólica está en nuestro propio cuerpo: la tecnología del habla. Cierto estaba Freud al constatar, después de la vuelta de los años 1920, que el ser hablante es un animal desnaturalizado. El habla nos arranca del mundo natural y nos coloca, sin retorno posible, en el artificio. Hablar no es natural. Natural es aspirar, chupar, comer, respirar. Hablar, cantar, besar, llorar y reír son funciones inseparables de un mismo artificio, el artificio de la maquinaria simbólica que está instalada en nuestro propio cuerpo. De esa primera maquinaria, de cuya fabricación no participamos, pues ella fue paradójicamente instalada en nosotros por la naturaleza, todas las otras maquinarias, técnicas, artificios o tecnologías son prolongaciones, como vengo argumentando hace algunos años (Apud. Santaella, 1994, 2003).
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O que Santaella (2007) frisa em seu texto é a relação cada vez mais gritante, explícita e não-ignorável entre o ser humano, mais precisamente o corpo, com a tecnologia. Segundo a autora, é cada vez maior a ligação entre pessoas e maquinas o que nos leva a questionar novamente: o que é ser humano?
Esta pergunta, que norteia este trabalho, foi pensada a partir das discussões grupais cujo objetivo era a interligação de ambos os filmes Planeta do Macacos e 2001: Uma odisseia no espaço. Chegamos, então, ao ponto de questionar, considerando tudo que já foi mencionado a respeito do pós-humano, das relações biológicas e sociais, além das próprias considerações feitas pelo grupo a respeito do humano enquanto ser biológico, social, artístico e pensante, se estas características suportam o peso de se responder a pergunta.
Explicando melhor, em 2001: Uma odisseia no espaço, é perceptível a apatia entre os perceptível a apatia entre os personagens humanos ao longo do filme. Uma das cenas que observa-se isso é quando o robô, Hal é responsável de matar um dos astronautas Franl Poole deixando-o à deriva no espaço enquanto David Bownan tenta salvá- lo não demostrando qualquer emoção, nem medo, nem desespero, nem desilusão ou qualquer tipo de preocupação. A bizarra reação (ou talvez falta dela) se estende à cena seguinte quando o próprio personagem se encontra em um situação de vida ou morte. Ao longo dos acontecimento David Bownan, consegue escapar da morte certa e adentra a cabine onde se encontra o responsável pela situação: Hal.


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[EN ESPAÑOL]

Lo que Santaella (2007) subraya en su texto es la relación cada vez más gritante, explícita y no ignorable entre el ser humano, más precisamente el cuerpo, con la tecnología. Según la autora, es cada vez mayor la conexión entre personas y maquinas lo que nos lleva a cuestionar nuevamente: ¿qué es ser humano?

Esta pregunta, que orienta este trabajo, fue pensada a partir de las discusiones grupales cuyo objetivo era la interconexión de ambas películas Planeta de los Monos y 2001: Una odisea en el espacio. En el momento en que se planteó acerca de lo post-humano, de las relaciones biológicas y sociales, llegamos, entonces, al punto de cuestionar, además de las propias consideraciones hechas por el grupo acerca de lo humano como ser biológico, social, artístico y pensante, Estas características soportan el peso de responder a la pregunta.

Explicando mejor, en 2001: Una odisea en el espacio, es perceptible la apatía entre los perceptible la apatía entre los personajes humanos a lo largo de la película. Una de las escenas que se observa esto es cuando el robot, Hal es responsable de matar a uno de los astronautas Franl Poole dejándolo a la deriva en el espacio mientras David Bownan intenta salvarlo no demostrando cualquier emoción, ni miedo, ni desesperación, ni desilusión o cualquier tipo de preocupación. La bizarra reacción (o tal vez falta de ella) se extiende a la escena siguiente cuando el propio personaje se encuentra en una situación de vida o muerte. A lo largo de los acontecimientos David Bownan, logra escapar de la muerte cierta y adentra la cabina donde se encuentra el responsable de la situación: HAL.

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Podemos entender este cenário, sem levar em consideração o contexto, que Hal é um robô cruel cujo objetivo é matar pessoas. No entanto, quando prestamos mais atenção, Hal está, na verdade, tentando sobreviver. Em cenas anteriores, os astronautas pretendem desligar o robô por temerem seu desenvolvimento que aparenta ir além do esperado para uma máquina. Hal está desenvolvendo uma inteligência artificial e os humanos passam a teme-lo.
Ao descobrir as intenções dos tripulantes, Hal opta por sobreviver impedindo que seja desligado. Esse impedimento de sobrevivência é uma característica comum na natureza, mas esta se manifesta em um robô. Trata-se de um ser inorgânico cujas funções se desenvolveram mais do que o esperado e, por isso, se viu obrigado a lutar por sua existência, embora não necessariamente, se limitasse aos padrões humanos no que cerne outras funções. Podemos entender o fato dos humanos desejarem desligar Hal como um comportamento humano de autopreservação também, mas, a julgar pela maneira como os personagens lidam com as adversidades de forma tao apática e indiferente, é mais sensato chamarmos de conveniência ao invés de sobrevivência.
Já em Planeta dos Macacos percebemos uma reprodução de comportamentos humanos, de pensamentos e impulsos, A sociedade dos macacos reproduz situações que estamos acostumados a ver como a tirania de uns sobre os outros. Na natureza ela é existente, um individuo tentando subjugar outro para atingir o nível de poder desejado, mas na sociedade humana e, no caso, dos macacos esse situação alcança outros níveis.
Além da tirania de uns sobre outros, podemos perceber hábitos e costumes humanos como o fato dos macacos se estabelecerem em casas e utilizarem utensílios comum aos humanos ou mesmo de sentirem a necessidade de utilizar vestes. Mas, uma das características mais marcantes é a fala. Como já apontado por Leontiev (1978) e Santaella (2007), a fala não é natural, ela é aprendida.
Percebemos, então, que alem dos macacos adotarem características que exigem um desenvolvimento físico comum aos seres humanos ( como a fala ou a coordenação motora de precisão), eles também aderem à comportamentos psíquicos e sociais existentes em nossa sociedade.
Levando tudo isso em consideração, o grupo opta por trabalhar as noções do que é ser humano e o que delimita e diferencia-o das demais existências, além de considerar o porque.
O grupo é composto por sete integrantes e serão realizados cinco produções artísticas cujo o objetivo é pensar, investigar, compreender e/ ou apontar este questionamento que interliga ambos os filmes.


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[EN ESPAÑOL]

Podemos entender este escenario, sin tener en cuenta el contexto, que Hal es un robot cruel cuyo objetivo es matar a las personas. Sin embargo, cuando prestamos más atención, Hal está, en realidad, tratando de sobrevivir. En las escenas anteriores, los astronautas pretenden apagar el robot por temor a su desarrollo que aparenta ir más allá de lo esperado para una máquina. Hal está desarrollando una inteligencia artificial y los humanos pasan a temerlo.
Al descubrir las intenciones de los tripulantes, Hal opta por sobrevivir impidiendo que sea apagado. Este impedimento de supervivencia es una característica común en la naturaleza, pero ésta se manifiesta en un robot. Se trata de un ser inorgánico cuyas funciones se desarrollaron más de lo esperado y, por eso, se vio obligado a luchar por su existencia, aunque no necesariamente, se limitase a los patrones humanos en lo que se refiere a otras funciones. Podemos entender el hecho de que los humanos desean desligar a Hal como un comportamiento humano de autopreservación también, pero, a juzgar por la manera como los personajes tratan con las adversidades de forma tan apática e indiferente, es más sensato llamar de conveniencia en lugar de supervivencia.
Ya en Planeta de los Monos percibimos una reproducción de comportamientos humanos, de pensamientos e impulsos, La sociedad de los monos reproduce situaciones que estamos acostumbrados a ver como la tiranía de unos sobre otros. En la naturaleza ella es existente, un individuo intentando subyugar a otro para alcanzar el nivel de poder deseado, pero en la sociedad humana y, en el caso, de los monos esa situación alcanza otros niveles.
Además de la tiranía de unos sobre otros, podemos percibir hábitos y costumbres humanos como el hecho de que los monos se establecen en casas y utilizan utensilios comunes a los humanos o incluso de sentir la necesidad de usar vestiduras. Pero, una de las características más destacadas es el habla. Como ya señalado por Leontiev (1978) y Santaella (2007), el habla no es natural, es aprendida.
Se percibe que, además de los monos adoptan características que exigen un desarrollo físico común a los seres humanos (como el habla o la coordinación motora de precisión), ellos también se adhieren a los comportamientos psíquicos y sociales existentes en nuestra sociedad.
Tomando todo esto en consideración, el grupo opta por trabajar las nociones de lo que es ser humano y lo que delimita y lo diferencia de las demás existencias, además de considerar el porqué.
El grupo está compuesto por siete integrantes y se realizarán cinco producciones artísticas cuyo objetivo es pensar, investigar, comprender y / o señalar este cuestionamiento que interconecta ambas películas.

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Experimentações fotográficas – poética do não ser

        [Experimentos fotográficos - poética del no ser]



Profundidade do vazio / Profundidad del vacío


Desconexões / Desconexiones


À deriva / A la deriva


Engessado / immured 


Homem incapaz de se repensar / Hombre incapaz de repensar


Inerte / Inerte

  
Ausência de si / Ausencia de sí

Encontrei no boneco a materialidade para representar um humano sem expressões. Buscando fugir do óbvio e de uma mera ilustração, procurei na fotografia experimental uma linguagem para a representação da falta de humanidade do humano tendo em vista a reflexões que os filmes Planeta dos Macacos e 2001: uma Odisseia no Espaço nos proporcionaram. Ambos nos fazem pensar em que outros seres como os macacos ou mesmo uma máquina possuem mais traços de humanidade que o próprio humano. Fugindo das figuras diretas do macaco e da máquina, foquei no vazio humano, na sua perca de emoções e apatia com seu entorno e com si mesmo, buscando uma estética quase sombria para expressar.

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[EN ESPAÑOL]

He encontrado en el muñeco la materialidad para representar a un humano sin expresiones. En el caso de que se trate de una película de ficción, una de las películas de la saga de los Monos y el 2001: una Odisea en el espacio nos proporcionó. Ambos nos hacen pensar en que otros seres como los monos o incluso una máquina poseen más rasgos de humanidad que el propio humano. Fugando de las figuras directas del mono y de la máquina, me enfadé en el vacío humano, en su pérdida de emociones y apatía con su entorno y con sí mismo, buscando una estética casi sombría para expresar.
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“Ser sem ser” / "Ser sin ser"



O homem incapaz de absorver o mundo, de aprender e de sentir, incapaz de perpetuar o que o mundo tenta lhe espremer de subjetividades, o não empático, um ser objeto, que é apenas um recipiente, apenas o reserva, nada faz com o que guarda. Diferentemente de Hal, que sentiu medo, que absorveu através das situações que via, que criou objetivos, convicções... Hal era um ser.

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[EN ESPAÑOL]

El hombre incapaz de absorber el mundo, de aprender y de sentir, incapaz de perpetuar lo que el mundo intenta exprimir de subjetividades, el no empático, un ser objeto, que es sólo un recipiente, sólo el reservación, nada hace con lo que guardia. A diferencia de HAL, que sintió miedo, que absorbió a través de las situaciones que veía, que creó objetivos, convicciones ... HAL era un ser.
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Ser Humano


Um gatilho foi puxado
não para matar
mas para pensar
o que é ser humano?

Comparam a bestas
quando um humano
realiza algo desumano
porque?

Ser humano...
é ser racional?
ter polegar opositor?
demonstrar ser sentimental?

Ser humano...
é falar?
ter postura ereta?
conseguir pensar?

Ser humano...
é ser humilde?
é sua vida gastar?
é dinheiro ganhar?

O que é ser humano...
será que um dia saberemos?
porque hoje tudo sente...
e tudo mente...

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[EN ESPAÑOL]

Ser humano


Se disparó un gatillo

no para matar

pero para pensar

¿qué es ser humano?


Compara las bestias

cuando un humano

realiza algo inhumano

¿Por qué?


Ser humano...

es ser racional?

tener pulgar opositor?

demostrar ser sentimental?


Ser humano...

es hablar?

tener postura erecta?

¿conseguir pensar?


Ser humano...

es ser humilde?

es tu vida pasar?

es ganar dinero?


Lo que es ser humano ...

¿Será que un día sabremos?

porque hoy todo se siente ...

y todo mente ...
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Além do peso das máscaras / Además del peso de las máscaras



           Fazendo uso das reflexões propostas pelos filmes discutidos na disciplina, proponho uma discussão sobre até onde o "ser humano" vai, e onde também ele começa. Com a composição, bisco na estética cyberpunk uma maneira de encontra o limiar entre o humano e a coisa ( vale da estranheza) a fim de desdobrar os aspectos do considerado "natural" e "artificial", porque/ se isso define a definição "humano".

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[EN ESPAÑOL]
Haciendo uso de las reflexiones propuestas por las películas discutidas en la disciplina, propongo una discusión sobre hasta dónde el "ser humano" va, y donde también él comienza. Con la composición, bisco en la estética cyberpunk una manera de encontrar el umbral entre lo humano y la cosa (valle de la extrañeza) a fin de desdoblar los aspectos del considerado "natural" y "artificial", porque / si eso define la definición "humano ".

Êtes-vous un animal ou une machine? / ¿Eres un animal o una máquina?



Pensando em ambos os filmes trabalhados na disciplina, este GIF foi produzido com base na discussão do grupo acerca do que é ser humano e o que define algo como humano. A partir disto o GIF apresenta um cérebro, remetendo ao racional, que define o homem como humano, mas esse cérebro possui interferências que remetem a tecnologia e a carne junto com um diálogo que diz:

" - Você não tem cabos no seu corpo. Você não tem fios passando por seus membros. Você é um animal ou uma máquina?
  - Isso faz alguma diferença?"

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[EN ESPAÑOL]


Pensando en ambas películas trabajadas en la disciplina, este GIF fue producido con base en la discusión del grupo acerca de lo que es ser humano y lo que define algo como humano. A partir de esto el GIF presenta un cerebro, remitiendo a lo racional, que define al hombre como humano, pero ese cerebro posee interferencias que remiten la tecnología y la carne junto con un diálogo que dice:

"Usted no tiene cables en su cuerpo. Usted no tiene cables pasando por sus miembros. Usted es un animal o una máquina?

   - ¿Eso hace alguna diferencia?

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Referencia:

BOSCOV, Isabela. O planeta dos macacos: Cinemateca Veja. 21 ed. São Paulo: Editora Abril, 2008. 1-58 p.
BOSCOV, Isabela. 2001 uma odisseia no espaço: Cinemateca Veja. 46 ed. São Paulo: Editora Abril, 2008. 1-58 p.
LEONTIEV, A.N. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Ho-rizonte, 1978.
SANTAELLA, Lúcia. REVISTA USP, São Paulo, n.74, p. 126-137, junho/agosto 2007.

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