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sábado, 30 de novembro de 2013

Perspectiva, Linhas e Formas



Desenho realizado nas aulas de Arte e Ciência: Diálogos Interdisciplinares. Tem como base os desenhos em 3 D de Nagay Hideyuk. É uma sequência de outro postado anteriormente em dimensões menores, ambos enfatizam as formas geométricas e as linhas.

                         Lápis grafite 2b e 6b, caneta hidrográfica e tinta nanquim sobre papel sulfitão
                                                                  Dimensões: 90 x 129 cm

Anamorfose 3D (Estudo 2)

Desenho de lápis 2B sobre duas cartolinas.
Sem titulo



Anamorfose (Distorção Por Câmera)

Desenho de lápis 2B sobre papel de tamanho A4 de uma xícara anamorfa utilizando ângulo da câmera para distorção.
Sem titulo



Pirulito anamórfico





Imagem vista do ângulo escolhido para a anamorfose



Xícara anamórfica



Imagem vista do ângulo escolhido para a anamorfose.
 

vista frontal
 

Anamorfose Dinâmica


Anamorfose Dinâmica - Cachorro sob tábua, 2013 - Lazari Viega.
Lápis grafite comum (nº2)
Folha de sulfite branca/sem edição de imagem




“A palavra anamorfose significa uma inversão, uma conversão de forma um revirar a forma. Originária do século XVII constituía-se numa operação realizada dentro de regras estritas. Queria ser uma transformação “anárquica regrada”. Seu procedimento de deformação inverte elementos, formas, figuras e perspectivas. A anamorfose projeta as formas para fora de s mesmas de tal modo que elas retornam quando se descobre a nova perspectiva.”

Ernildo Stein, 1993




“A anamorfose alia perversão e criatividade e manifesta assim a doença da idealidade. Tudo se torna uma questão de perspectiva.”

Ernildo Stein, 1993



   Durante o semestre trabalhamos com anamorfose cilíndrica, anamorfose dinâmica, anamorfose não dinâmica.   Em que cada proposta consistia na realização de uma produção anamórfica.

Anamorfose

Estes desenhos são resultados de experimentações utilizando princípios básicos da anamorfose. 

Desenho visto de frente 1. Josiane Bertollleti. Técnica: Folha A4 canson 140g.m lápis grafiti.

Experimentações I. Josiane Bertolleti. Técnica: folha A4 canson 140g, lápis grafite.

Desenho visto de frente. Josiane Bertolleti. Técnica: papel sulfite A4, lápis 6B.

Experimentações III. Josiane Bertolleti. Técnica: Papel A4 sulfite, lápis 6B. 

Desenho visto de frente. Josiane Bertolleti. Técnica: Papel A2, giz pastel seco cor preta.

Experimentações IV. Josiane Bertolleti. Técnica: papel A2, giz pastel seco cor preta. 



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Anamorfismos para espelhos côncavos e convexos - por Pedro Cavallari

Olá caro leitor.

  Dando seguimento à proposta deste blog, seguimos publicando os resultados obtidos pelas produções realizadas durante o desenvolvimento da disciplina Diálogos interdisciplinares: arte-ciência II, no terceiro ano do curso de Artes visuais na Universidade Estadual de Maringá, ministrada pelo professor Macedane (http://macedane.blogspot.com.br/).
  Como o afeto da referida disciplina (realizada no segundo semestre de 2013) foi o trabalho com anamorfismos de variadas técnicas e categorias, entre estas figurou o anamorfismo para espelho cilíndrico. Esta técnica consiste em configurar uma composição visual de modo a que, frente a um espelho cilíndrico, esta apresente a partir da imagem refletida, uma figura "desanamorfisada" que aluda à percepção visual usual (ou comum) do objeto representado. Nesta técnica há uma subdivisão em duas categorias: anamorfismos para espelhos côncavos e anamorfismos para espelhos convexos, sendo que a preparação das imagens varia de uma categoria para a outra, inferindo nos resultados a serem obtidos na "deformação" produzida pelos reflexos dos espelhos de um ou outro tipo.

Para exemplificar as técnicas utilizemos o seguinte exemplo como imagem original, a qual "deformaremos":



Espelhos convexos: nesta categoria a imagem deverá ser enquadrada em uma extensão angular de, preferencialmente 180 graus (aproximadamente), com as laterais voltadas para o lado inferior como no exemplo a seguir:



Espelhos côncavos: já nesta categoria, o trabalho é inverso (ou quase). Desta vez, as laterais deverão ser voltadas para o lado superior, de modo a que, frente ao espelho, a imagem venha a produzir a "reformação" pelo reflexo inverso ao exemplo anterior. Segue exemplo para a figura "deformada":


Para ambas as técnicas, os espelhos deverão ser posicionados próximos às imagens, produzindo (a depender do campo visual do observador) a reformação da imagem pelo reflexo. Este posicionamento variará de acordo com a categoria ou com a intensão artística do produtor da imagem.

Método para "deformação" das imagens: um dos métodos (que foi o utilizado por nós) para a preparação da imagem a ser "reformada" pelos espelhos é o da grade angular. Este processo consiste em, por meio do enquadramento da figura a ser anamorfisada em uma grade, ao alterar-se a angulação da grade, podemos alterar a composição da imagem, orientando-nos pelos elementos (quadrados) da grade, que são identificados por códigos (letras e/ou números) para o auxílio no desenho. Deste modo, após alterar o ângulo da grade, é só "copiar" a figura para ela. Seguem os exemplos para a "anamorfisação" das figuras pelo método da grade angular:


Figura na grade
 Grade angular



Seguem alguns exemplos de anamorfoses produzidas por mim, utilizando as duas categorias da técnica dos espelhos cilíndricos:

Para espelho convexo






Para espelho côncavo




Em breve mais postagens.

Aprendendo anamorfose em aulas de Arte e Ciência








Anamorfoses cilíndricas

Durante a disciplina de Diálogos Interdisciplinares entre Arte e Ciência II, foi proposto que tivéssemos várias experiências com desenhos anamórficos. Uma figura anamórfica é uma imagem deformada que pode ser vista da maneira "correta" apenas quando o expectador se coloca num ponto especifico.
 
Para nossas primeiras experiências com anamorfoses cilíndricas, utilizamos  uma espécie de tabela. Recebemos um pequeno quadrado quadriculado, no qual fizemos nosso desenho e um papel em tamanho A4, no qual passamos o desenho com as medidas distorcidas.
 
 
  
 
 
 
Anamorfose cilíndricas maiores

 

 



 
Desenvolvimento histórico da técnica da anamorfose segundo Figueiredo:
 
    A anamorfose foi inventada na China e levada para a Itália na época Renascentista. Segundo LIMA (2006), “A arte da anamorfose teve origem a aproximadamente há 700 anos na China”. Primeiramente ela foi vista como uma forma de perspectiva, pois sua montagem é feita de um ponto de vista, depois foi identificada como Anamorfose. O trabalho mais antigo que se destaca como exemplo foi a pintura de Leonardo da Vinci, Leonardo's Eye (1485), no período Renascentista, onde visto de frente não se identifica a figura, mas colocando-o em um certo ponto de vista, consegue-se perceber a pintura de um olho, com suas pálpebras e sobrancelhas. Leonardo foi quem difundiu a técnica da anamorfose denominada oblíqua.
   Já no ano de 1533 foi pintado o quadro mais famoso que aplica a Anamorfose, Os Embaixadores de Hans Holbein, que foi posicionado no topo de uma escada de um castelo, somente enquanto subia-se a escada tinha-se a visão de um crânio, assim que se chegava ao topo, enxergava-se a figura de duas pessoas bem vestidas e a caveira não era vista.
     Conforme o desenrolar dos tempos, foram se identificando diferentes formas e técnicas de execução da anamorfose. Primeiramente havia a anamorfose de perspectiva, que se realizava no Renascimento (século XV), logo no Barroco (século XVII) foi amplamente difundida a técnica trompe l'oeil, integrando objetos arquitetônicos com uma ilusão. Essa técnica foi utilizada, principalmente em igrejas, onde o teto era plano, mas passava a impressão de ser uma extensão das paredes até o céu. Pode-se dizer que a técnica trompe l'oeil esteve em uso desde o período Grego e Romano, onde se utilizava esta pintura como forma de aumentar os cômodos das casas.
    Desde o início de sua utilização, a anamorfose era representada com diversos objetivos. Nos tempos antigos, entre século XVI e XVII, eram usadas para se transmitir mensagens pornográficas, políticas, cenas de magia e caricaturas. Em períodos de guerra, foi utilizada para mensagens secretas. Também se usou em jogos infantis, nos séculos XVIII e XIX. Hoje, usa-se muito na representação visual, como uma forma curiosa da leitura de imagens (figura 02), usa-se em pinturas, decorações, propagandas, quadros, desenhos, na arquitetura e urbanismo, nas artes plásticas entre outros.
    Atualmente há muitos artistas que utilizam a Anamorfose para seus trabalhos. Alguns pintores aliam esta arte à publicidade, como Julian Beever, que faz suas pinturas nas calçadas com temas comerciais, passando-se a impressão que a imagem está em alto relevo. Felice Varine utiliza o espaço arquitetônico como suporte para suas pinturas, criando objetos e espaços inexistentes. Kelly M. Houle faz uso da arte do espelho cônico e cilíndrico. Já Shigeo Fukuda utiliza a anamorfose nas sombras que suas esculturas formam.
 
Referência


 FIGUEIREDO, Cintia D. Correia; SANTOS, Claudemilson; Oficina de Anamorfose: Uma nova forma de aprendizagem. OMINIA HUMANAS v.2, n.2, p.50-59, 2009.

Arte e ciência II: Anamorfoses


Durante este período semestral que percorremos, alunos do terceiro ano do curso de Artes Visuais, da Universidade Estadual de Maringá, juntamente com o professor Marcos Danhoni. Desenvolvemos, pesquisamos, experimentamos um pouco da técnica anamórfica partindo de artistas e obras clássicas da história da arte como Os Embaixadores de Hans Holbein, 1533, como podemos observar na representação do trabalho artístico abaixo:

Fomos desafiados por várias propostas feitas pelo professor, seja a criação de anamorfoses na mesma linha da que Holbein produz, sejam de maneiras diferentes como anamorfoses cilíndricas, mas no papel apenas, como observamos nas imagens abaixo (não chegamos a produzir esculturar anamórficas) e experimentações com a superfície refletiva.
 
 
 


Segundo Figueiredo 2009: 

No âmbito das linguagens visuais, anamorfose é uma linguagem oculta na imagem, segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa, versão on-line, anamorfose é:

“(...) representação de figura (objeto, cena etc.) de maneira que, quando observada frontalmente, parece distorcida ou mesmo irreconhecível, tornando-se legível quando vista de um determinado ângulo, a certa distância, ou ainda com o uso de lentes especiais ou de um espelho curvo [ou] (...) a deformação de uma imagem obtida por um sistema óptico que permite uma variação da ampliação transversal relativamente a ampliação longitudinal. [Do grego], anamorf(o)- + -. (Figueiredo. 2009. p.51-52 )

Trabalhando com essa técnica, foi possível sentir na pele e através de vários outros sentidos, como Figueiredo continua nos dizendo, que “A técnica de representar através da anamorfose não é fácil, demanda conhecimentos especializados em perspectiva, desenho, geometria descritiva e projetiva, além de boa habilidade psico-motora e um nível elevado de raciocínio espacial, portanto, não permite uma ampla disseminação entre os meios de expressão visual da humanidade. ose. anamórphósis 'formado de novo'.” (Figueiredo. 2009. p.52 ). Apesar de toda essa dificuldade, para aqueles que realmente se esforçam por querer trabalhar com ela, a técnica anamórfica pode “ser considerada uma técnica de enorme potencial criativo.” (Figueiredo. 2009. p.52 )
Foi de extrema importância trabalhar com esta técnica que muitas vezes nos passa despercebido no nosso dia a dia, mas que ainda assim é de grande veiculação “nos meios de comunicação visual tradicionais, como as artes gráficas, fotografia, cinema; ou na mídia eletrônica, como a televisão, cinema, vídeo, internet, etc. Pode-se citar ainda, a arquitetura, o urbanismo, escultura, teatro, pintura e várias outras formas de arte, que podem intercalar-se ou sobrepor-se.” (Figueiredo. 2009. p.52 )
Eu particularmente encontrei grande dificuldade em produzir a partir da técnica, mas ainda assim, as poucas e esforçadas experiências, podem ser observadas nas imagens abaixo:







 
Referência
FIGUEIREDO, Cintia D. Correia; SANTOS, Claudemilson; Oficina de Anamorfose: Uma nova forma de aprendizagem. OMINIA HUMANAS v.2, n.2, p.50-59, 2009.