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domingo, 2 de dezembro de 2018

TRILOGIA GUERRILA - OS FILMES.


Em meio a vastidão dos universos cilíndricos, dentro de um deles, encontramos um planeta. Menor que um átomo, inserido naquilo que seus habitantes chamam de galáxia, rodeando em volta de um ponto de luz junto com mais sete massas esféricas, como insetos no escuro. Ali, naquele ponto quase insignificante pesando sob o tecido do espaço, encontramos vida.
Foi registrado o primeiro sinal dela por volta de 3 bilhões de anos atrás, usando suas unidades de medida. Nada pode medir o tempo melhor do que a necessidade de seu alongamento. Unidades falhas, como o dia, o ano, não medem as intensidades, nem mesmo as ociosidades, apenas correm os números como retas em direção ao infinito. O tempo é orgânico, não é reto. E o tempo que lhes sobra de vida nesse ponto esférico, está se comprimindo.
Nesse lugar, que chamam de Terra, por não perceberem a maleabilidade, flexibilidade e piedade do tempo, continuam caminhando em linha reta para a escuridão, isso antes mesmo da luz de seu centro de órbita se esgotar. Pobre humanidade. Seres em potencialidade deixando-se exaurir antes mesmo do que lhe aguarda.
Por sorte, O Tempo lhes trará piedade. 


GUERRILA: A história que Eles não contaram.

          A Terra está cinza. Todos os habitantes que aqui ainda se encontram, não respiram com seus próprios pulmões. A poluição tomou conta de cada centímetro do planeta, e, junto com ela, a miséria. Não há comida que nasça dessa terra desgraçada. Não há água que se beba desses rios de água preta. Não há gente que se viva. Só há quem trabalha.
       Quem não trabalha por aqui, ou morre ou tem dinheiro, e quem está na segunda opção, não está nem por aqui. Mandam suas cópias malfeitas, pois assim paga-se mais barato, inclusive para o empregado. Ou deveria dizer escravo? Nem isso, pois para ser escravo, antes é preciso ser.
         “Senhor, tenha piedade de nós”.
         Algo está por vir. Quem saberá? Senhor de todos os seres vivos, ouviste minhas preces?





GUERRILA: A retaliação

       Algumas décadas atrás, diziam que o planeta jamais suportaria outra guerra, e, por isso, seria melhor apaziguar os povos por meio do diálogo. A história que Eles não contaram é que essa seria a pior maneira de destruir a Terra. O Tempo ouviu as preces do povo que o clamava. Seres programados para cumprir sua missão nesse lugar de dados armazenados em nuvem. O que é mais difícil de destruir: pilhas de concreto para todos os lados, soldados armados, bombas atômicas e tanques de guerra, ou códigos invisíveis, sem lugar no espaço e talvez nem no plano que nos encontramos?
         A guerra teve seu início, e apenas quebrar as telas dos computadores não será o suficiente para vencê-la.






GUERRILA: A Metagaláxia nos descobriu

        “Senhor, por que me abandonaste? ”
         A devastação agora parece mais poética do que a civilização de antes. Existe algo de belo no caos. A fome de agora não mata tanto, e a sede parece não desidratar. Nenhum alimento no mundo seria capaz de suprir as necessidades corpóreas sem antes destruir as amarras que os prendiam. A humanidade está saciada.
       Mas, mesmo matando a fome que assolava a alma, o corpo não se alimenta de satisfação. “Nos ajudou para nos deixar perecer em meio as cinzas? ”
        Nada dará àquele que acredita que a vida é masculina. O berço da vida é fêmea.
            A Vida. A Temporalidade. A Metagaláxia. A Trindade.





OBSERVAÇÃO: Não temos nenhuma intenção de tornar a trilogia Guerrila real, apenas a elaboramos para fins acadêmicos.

Por Ana Julia Campos, Bárbara Boer, Isabella Dinardi e Julia Onoue.



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