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domingo, 26 de novembro de 2017

B.U.R.G.S

Capítulo III
A informação sobre o mapa encontrado por Joana, no entanto, chega aos ouvidos de outro grupo.
Envolvidos em uma trajetória de observação e estudos a respeito da Igreja Católica, um grupo de pessoas investiga ao decorrer da história todas as medidas tomadas pela instituição religiosa. Gerações se passam, os rostos mudam, e seu nome fica relativamente conhecido enquanto pouco mais que um fantasma; figuras vinculadas e objetivos sempre parcialmente velados.
Entre estas pessoas está Rômulo, que age duplamente, trazendo informações do círculo católico. Por meio dele, a notícia do encontro deste pedaço de papel com um mapa, que poderia desbancar o poder do catolicismo, escapa.
A partir disto, dois grupos passam a correr atrás deste mapa secretamente, um para escondê-lo outro para divulgá-lo.
A suspeita de Rômulo e Joana não estava errada. Durante uma das reuniões da seita, o professor descobre que realmente a igreja tinha uma vantagem nesta caminhada pois os militares estavam ao seu lado, obedecendo seus comandos. Claro que os únicos que sabiam desta articulação política e religiosa eram os superiores da igreja e do governo, a população, os militares, as polícias não sabiam de nada, apenas recebiam as ordens.

Joana e a Sol voltam para a escultura em questão, com a desculpa de finalização do restauro, e a analisam profundamente a fim de descobrir algo...

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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

B.U.R.G.S

Capítulo II


Na manhã seguinte ao voltar para a casa e ao conversar com os vizinhos, Joana descobre que não havia nenhum refugiado político, e fica preocupada pois acredita que a invasão possa ter a ver com o mapa que encontrou. E Joana tinha razão... Seu orientador de mestrado pirado em teorias da conspiração descobriu a informação de que os militares estão realmente atrás daquele papel, e passou essa informação para Joana, de forma a protegê-la.
A artista volta para o escritório de sua amiga Sol, onde havia deixado o mapa escondido, por ser um local mais seguro. A dupla analisa novamente o velho pedaço de papel e percebem que no canto superior esquerdo havia gravado em marca d’água o símbolo de uma cruz, e na parte inferior, encontraram o símbolo do Sagrado Coração de Jesus. A partir dessas pistas, elas observaram a ligação do mapa com a igreja católica, concluindo que a igreja escondia algo que poderia ser revelado com este material que tinham em mãos.


                                   
                                                                 (obra flagelação)

Rômulo, orientador de Joana, era um pesquisador da história do cristianismo no Brasil. Em um dia, dentro da igreja São Francisco de Assis, escuta a conversa de um bispo com um homem o qual não conhecia. Este, muito misterioso, conversava com o bispo sobre a destruição de algo. Rômulo, então, associou o nome com o tal mapa encontrado por sua aluna. Assim que soube da notícia, ligou para Joana.
Durante a conversa eles começaram a suspeitar da união da igreja católica com o poder público militar para a caçada do mapa. Ambos já sabiam existir uma enorme influência desta religião sobre os governantes do país.


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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

B.U.R.G.S

Capítulo I

Em 1967 na cidade de Ouro Pedro, em Minas Gerais, Joana, uma artista plástica de 43 anos trabalhava na restauração da escultura Flagelação do artista mineiro Aleijadinho. Na sala de restauro da igreja Santa Rita, onde Joana trabalhava, havia vigias do governo e outros seguranças para tomarem conta de todas as obras de arte que ali estavam.
Enquanto trabalhava na raspagem para melhor nivelamento da base da figura de Jesus Cristo, Joana encontrou acoplado à peça um pedaço de papel já muito desgastado; estranhando aquele material e interessada em saber o que era, num fabuloso jogo de cintura, a artista restauradora rapidamente o esconde dentro de sua calça antes que vigia do governo do estado percebesse.
Ao voltar para seu apartamento curiosa e um pouco assustada, Joana sem hesitar ligou para sua parceira de estudos em antropologia e historiadora da história do Brasil Solange, que em um pulo chegou à casa de Joana para analisar o pedaço de papel. A primeira vista, observando o estado do material, Sol percebeu que o papel seria de uma época muito antiga, provavelmente do tempo em que o Brasil ainda era colônia, além disso, observou também que havia o desenho de um mapa nele, não sabiam do que se tratava, mas as duas amigas queriam descobrir.

Joana e Solange estavam no apartamento, quando de repente o prédio é invadido por vários militares, depois de uma denúncia anônima sobre uma fuga de um preso político, e assim, as duas são obrigadas a sair de lá, e aos prantos vão para o escritório de Sol no Museu Histórico de Ouro Preto.
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