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sexta-feira, 29 de novembro de 2013


 
Desenvolvimento histórico da técnica da anamorfose segundo Figueiredo:
 
    A anamorfose foi inventada na China e levada para a Itália na época Renascentista. Segundo LIMA (2006), “A arte da anamorfose teve origem a aproximadamente há 700 anos na China”. Primeiramente ela foi vista como uma forma de perspectiva, pois sua montagem é feita de um ponto de vista, depois foi identificada como Anamorfose. O trabalho mais antigo que se destaca como exemplo foi a pintura de Leonardo da Vinci, Leonardo's Eye (1485), no período Renascentista, onde visto de frente não se identifica a figura, mas colocando-o em um certo ponto de vista, consegue-se perceber a pintura de um olho, com suas pálpebras e sobrancelhas. Leonardo foi quem difundiu a técnica da anamorfose denominada oblíqua.
   Já no ano de 1533 foi pintado o quadro mais famoso que aplica a Anamorfose, Os Embaixadores de Hans Holbein, que foi posicionado no topo de uma escada de um castelo, somente enquanto subia-se a escada tinha-se a visão de um crânio, assim que se chegava ao topo, enxergava-se a figura de duas pessoas bem vestidas e a caveira não era vista.
     Conforme o desenrolar dos tempos, foram se identificando diferentes formas e técnicas de execução da anamorfose. Primeiramente havia a anamorfose de perspectiva, que se realizava no Renascimento (século XV), logo no Barroco (século XVII) foi amplamente difundida a técnica trompe l'oeil, integrando objetos arquitetônicos com uma ilusão. Essa técnica foi utilizada, principalmente em igrejas, onde o teto era plano, mas passava a impressão de ser uma extensão das paredes até o céu. Pode-se dizer que a técnica trompe l'oeil esteve em uso desde o período Grego e Romano, onde se utilizava esta pintura como forma de aumentar os cômodos das casas.
    Desde o início de sua utilização, a anamorfose era representada com diversos objetivos. Nos tempos antigos, entre século XVI e XVII, eram usadas para se transmitir mensagens pornográficas, políticas, cenas de magia e caricaturas. Em períodos de guerra, foi utilizada para mensagens secretas. Também se usou em jogos infantis, nos séculos XVIII e XIX. Hoje, usa-se muito na representação visual, como uma forma curiosa da leitura de imagens (figura 02), usa-se em pinturas, decorações, propagandas, quadros, desenhos, na arquitetura e urbanismo, nas artes plásticas entre outros.
    Atualmente há muitos artistas que utilizam a Anamorfose para seus trabalhos. Alguns pintores aliam esta arte à publicidade, como Julian Beever, que faz suas pinturas nas calçadas com temas comerciais, passando-se a impressão que a imagem está em alto relevo. Felice Varine utiliza o espaço arquitetônico como suporte para suas pinturas, criando objetos e espaços inexistentes. Kelly M. Houle faz uso da arte do espelho cônico e cilíndrico. Já Shigeo Fukuda utiliza a anamorfose nas sombras que suas esculturas formam.
 
Referência


 FIGUEIREDO, Cintia D. Correia; SANTOS, Claudemilson; Oficina de Anamorfose: Uma nova forma de aprendizagem. OMINIA HUMANAS v.2, n.2, p.50-59, 2009.

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