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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Mostrar o dedo - desconstruindo a ofensa


Diante do conteúdo Anamorfismo, na matéria de Arte Ciência, me deparei com maior dificuldade em adaptar os desenhos que vinham em mente, e recorrentes de minha poética, a esta distorção. Assim, considerei mais viável associar a distorção da imagem às distorções conceituais que algumas coisas recebem na atualidade.

Desta vez, escolhi o gesto de mostrar o dedo, considerado popularmente como uma ofensa, uma agressão visual.
Estudos na área da Antropologia consideram que este gesto surge ainda na pré-história, quando mostrar o pênis ereto ao inimigo era uma forma de intimidação (leia mais), com o desenvolvimento das cidades e o advento do capitalismo, surgiu também a necessidade de nos “civilizarmos”, bem como a criação de padrões socialmente aceitáveis.
Hoje, pode-se dizer que mostrar ou dedo, mantém a referência de mostrar o pênis, ou também faz alusão à fala “tomar no cu”. Porém, está postagem tem o obejtivo de desconstruir este termo como ofensa, visto que não convém mais considerar o corpo como objeto de ódio ou de intimidação. Isso se dá diante de inúmeros fatores, tais como por exemplo a liberdade sexual e de gênero, a liberdade da incorporação da mulher a diversos cargos, deixando para trás o seu status de iferioridade, bem como a tomada da independência do corpo. Sabemos que o pênis não é melhor que a vagina, e segundo este pensamento, a mandar alguém “tomar no cu” se torna uma frase homofobica, utilizada como propagação do preconceito em função da permanência da "soberania" hetero.

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