Pesquisar este blog

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

O PORTAL

FINAL

Francesco seguiu impaciente para a biblioteca da casa, seguido por Bruno. Ficaram horas e horas procurando pistas que pudessem ajudar livros que pudessem dar informações. A noite caiu, quando o jovem ligou o lustre, um livro que estava no ultimo andar da estante emanou um forte reflexo, o jovem subiu em uma cadeira e alcançou o livro. Foleando as paginas, fitando tudo quase sem piscar.
- Achamos, Achamos! -Gritou o jovem.
- O que encontrou exatamente?
- Vamos por partes, o labirinto veio acompanhado de rascunhos que teoricamente foram produzidos por Rodin, quando criou a “Porta do inferno” e todas as suas possíveis variações, então, provavelmente deve ter alguma relação com a localização que o labirinto guarda. As cores, segundo a alquimia, variam entre cores diurnas, que são em sua essência positivas e as cores noturnas, que são frias e negativas, então, enxergo como se fosse um confronto, além disso, alguns pesquisadores antigos, atribuem a cor azul para representar Deus Pai, a cor vermelha para representar o Filho, e por fim, o amarelo representando toda a Santíssima Trindade. Também acredito, pela linha de raciocínio que venho tecendo, que essa esfera, guarda em seu interior, enxofre, que é uma das substancias químicas mais abundantes em vulcões, e também, considerada abundante no inferno.  Eu não sei exatamente onde isso vai dar, meu amigo, mas juntando a relutância do vaticano com essas informações que acredito estarem corretas, deve-se tratar de algo religioso, que a igreja católica não quer que seja encontrado. Mas para ter certeza, preciso decifrar essa escrita, você está exausto Bruno, descanse um pouco.
- Sua inteligência as vezes me espanta, vou me deitar mas pode me chamar a qualquer momento que precisar.
Ao continuar foleando o livro, o jovem historiador, encontrou uma página que não pertencia ao exemplar, solta. Provavelmente, Arthur a colocou ali prevendo que algo poderia lhe acontecer. Era um alfabeto primitivo, hebraico, que provavelmente, deu origem ao nosso alfabeto atual. Arthur transcreveu a frase do labirinto e chegou ao resultado
“ Nem tudo que é bom deve ser encarado, o que foi escondido e enterrado não deve ser encontrado, existe muito entre a luz e a sombra”.
A escrita deixou o jovem intrigado, ele pegou então uma vela, e foi girando o labirinto, até que viu refletir alguns números bastante pequenos “37°58′N 58°20′E” , correu então ao mapa, as coordenadas indicavam a capital de um pais localizado na Ásia Central, Francesco então, se lembrou que corriam boatos de que uma cratera de fogo se abriu no deserto e que muitos acreditavam ser a porta do inferno.
Ao amanhecer, o jovem providenciou o transporte e comunicou a seu amigo todas as descobertas feitas durante a madrugada. O bispo, surpreso com a agilidade do menino, se organizou para a viajem. Após mais de um mês, os dois chegaram ao deserto, Francesco havia convidado seu irmão, que estava estudando na Ásia para acompanhar a missão. Depois de sofridas caminhadas, os três finalmente chegaram até a cratera, ela era enorme, aproximadamente 70 m de diâmetro, vendo de tão perto, era impossível não acreditar que se tratava do próprio inferno. Perto da cratera havia alguns galhos secos e retorcidos, Francesco não compreendeu muito bem como eles foram parar ali, ou como resistiram a tanto tempo, uma vez que com a abertura da cratera, o terreno se tornou ainda mais complicado para a vegetação. Os três se sentaram nos galhos para descansar, no entanto, com o peso eles cederam, Bruno caiu de cotovelos, que doeram ao bater em algo extremamente rígido.
- Meninos, tem algo aqui além de areia.
Os jovens jogaram os restos de galhos para o lado e começaram a passar a mão, de modo a tentar afastar a areia. Para a surpresa de todos, era um alçapão. Como estava fechado a muito tempo, foi difícil e demorado para conseguir abri-lo. Quando finalmente conseguiram, o conteúdo era inacreditável. O alçapão guardava uma das portas de Rodin, uma que aparentemente nunca havia sido vista, era toda de mármore, linda, forte, imponente.  Junto com ela havia um envelope, ao abrir, mais surpresa ainda, um decimo nível do inferno de Dante, a qual a porta se referia. O perdão.
- É obvio, mesmo se tratando apenas de uma obra de arte e literal, isso poderia instigar uma serie de questionamentos e até revoltas da prole. A igreja perderia toda a renda vinda das indulgencias e seria ainda mais questionada por todos os métodos utilizados no decorrer do século, principalmente na idade média. Além disso, as pessoas iam achar que não precisariam mais do intermédio da igreja para atingir o divino.
- Faz bastante sentido Dom Bruno, mas o que faremos agora? Obviamente o Vaticano não tem interesse em expor esta descoberta.
- Eu sei Francensco, tenho amigos na Galeria Uffizi, é um dos museus mais antigos da Europa, eles tem poder o suficiente e provavelmente interesse, para não se importar com a crise que pode causar. Com toda certeza vão arrumar uma forma de buscar a porta e os envelopes, enquanto isso ficaremos na cidade.

Um ano e meio depois, finalmente, a porta foi resgatada e exposta no museu. A igreja fez o que podia para evitar a exposição pública das obras, mas de nada adiantou. Depois disso realmente, as ofertas de dizimo diminuíram e o Vaticano perdeu grande numero de fieis, Dom Bruno se aposentou, afastando-se das pessoas que queriam lhe fazer mal, ele e Francesco foram contratados pelo museu e seguem suas pesquisas a fim de concluir novas descobertas.



Acadêmicas: Ana Ribeiro e Natália Tiemi

O PORTAL

Pt.4
Processos:












 Acadêmicas: Ana Ribeiro e Natália Tiemi



O PORTAL

Pt.3
Com medo do que poderia acontecer, o bispo fez um fundo falso, no forro de sua mala de mão, de modo que comportasse o labirinto, no entanto, a preocupação e a desconfiança permaneceram, durante toda a viajem tanto Bruno, quanto Francesco seguiram em silêncio, quase imóveis.
 Depois de três horas, que pareceram mais uma eternidade, os dois finalmente chegaram a Verona, desembarcando na estação, Bruno pediu um carro e seguiu, juntamente com Francesco, em direção a casa em que Arthur costumava a ficar. Quando bateu na porta ela rapidamente foi aberta por uma das empregadas, que com a cara pálida e assustada, disse:
- Graças a Deus que vocês chegaram como sabem do que está acontecendo? Bom, isso não importa, os boatos correm cada dia mais rápido. Subam, Subam... Eu não sei mais o que fazer, talvez consigam ajudar ou entender como tudo aconteceu.
Os dois, sem entender absolutamente nada, seguiram correndo escada a cima. Antes mesmo de chegar ao quarto, ouviam-se os gritos de Arthur. Quando puderam observar, o cardeal estava de pé, em cima do colchão, aos berros.
- É IMPOSSIVEL, IMPOSSIVEL, AQUELE VATICANO É O VERDADEIRO INFERNO, UM BANDO DE COBRA AMARRADA, UMA COMENDO O RABO DA OUTRA! E VOCÊS? O QUE ESTÃO FAZENDO AQUI? EU SOU SEU REI, SE AJOELHE A MIM!
Chocados com o que haviam acabado de presenciar, Bruno e Francesco saíram do quarto em direção à sala, sentaram no sofá, ambos sem expressão, estavam tentando compreender o que acabará de acontecer.
- Eu não entendo Francesco, tudo parecia normal, na carta que ele me mandou.
O jovem estendeu a mão, pedindo a carta. Após observa-la por um tempo, disse:
- De fato, parece ter sido escrita por Arthur, quando ainda tinha muita consciência. No entanto, provavelmente ela ficou nas mãos de entregadores preguiçosos, foi escrita e provavelmente enviada dia 20, hoje já é dia 25.
- Tudo bem meu amigo, mas ainda assim, é pouco tempo para que um amigo fique tão doente, mesmo com a idade avançada.
-Não me leve a mal senhor, mas não passou pela minha cabeça que se trata de alguma doença. Durante os meus estudos, inclusive os que faço para auxiliar suas pesquisas, soube de muitos casos de envenenamento, que despertam sintomas parecidos com os de Arthur. Matam aos poucos, mas antes, destroem.
- O que? Quem iria querer se livrar dele? A casa tem vários empregados, que sempre comeram a mesma comida que Arthur, envenenamento é improvável.
-Mas não impossível
Francesco chamou uma à empregada que recebeu a eles dois
- Com licença, sem querer atrapalhar, mas desde quando Arthur está assim? Você percebeu algo estranho durante este período? Algo que pudesse explicar o que vem acontecendo?
- Meu senhor, nada de interessante, muito menos de estranho acontece aqui, acredito que tudo isso seja resultado da idade avançada, é normal, varias pessoas que conheço estão caducas. Arthur começou a ficar assim faz uns três dias, é, foi isso mesmo! Lembro-me bem, porque foi na noite em que recebeu a visita de um moço do Vaticano.
- Moço do Vaticano?
- Sim, ele estava na cidade de passagem para acompanhar a ordenação dos novos padres, então, veio visitar o amigo, até trouxe presente!
- Que presente?
- O que mais poderia ser? Uma bíblia, é obvio, não temos mais nem onde guardar. É sempre a mesma coisa
E saiu resmungando pelos corredores, em direção a cozinha, ao mesmo tempo que Francesco correu escadaria a cima, Bruno o seguiu tão rápido quanto podia. Chegando ao quarto de Arthur, em meio aos berros, o jovem pegou com um lenço a bíblia, tirou de sua maleta um frasco e jogou um liquido transparente sobre as paginas, rapidamente, uma fumaça foi emanada, fazendo os olhos arderem.
- Arsênico! Eu sabia! Tão previsível....
- Mas quem faria isso?
- Não sabemos quem, mas veio do Vaticano, provavelmente seja por conta dos segredos deste labirinto e dos rascunhos que o acompanham.
- Mas e agora meu jovem amigo? Como faremos para desvendar isso tudo? Creio que não temos conhecimentos suficientes para isso, e agora, diante a tudo que aconteceu pedir ajuda a mais alguém está fora de cogitação.
- Fique tranquilo, seu amigo provavelmente esperava por isso, o efeito do veneno deve passar nos próximos dias, no entanto, não podemos esperar.

Acadêmicas: Ana C. Ribeiro Teixeira e Natália Tiemi 

O PORTAL

Pt.2
Intrigado com o mistério que cercava o labirinto, Dom Bruno ficou dias sem dormir, fitando e analisando o que havia recebido. Durante a madrugada, enquanto procurava em livros aleatórios de arte e alquimia, algo que pudesse ajudar a resolver aquele mistério, Bruno percebe uma carta que fora jogada por baixo da porta e se encaixou em um dos vãos do piso de madeira, provavelmente quando ele havia saído para comprar café. Rapidamente, Bruno pegou a carta, identificando o selo de seu amigo cardeal, Arthur.


Veneza, 20 de janeiro de 1987.

Meu querido e velho amigo,
Espero que tenha recebido o meu presente. Desculpe pelo peso, carregar tudo sozinho pode ser perigoso, então, seria prudente pedir ajuda para transporta-lo, afinal, duas cabeças pensam melhor do que uma. Enquanto um descansa, o outro trabalha. Não quero que acabe se machucando, com a nossa idade, devemos saber nossas limitações. Veneza continua linda, por que não vem me fazer uma visita? Ficarei aqui por mais dez dias, o Vaticano não nos permite férias longas, você sabe bem disso, não é mesmo? Acredito que será de grande serventia para as suas pesquisas.


O bispo percebeu que as palavras de seu amigo tinham sentido ambíguo, sabia que era perigoso ser guardião deste labirinto, então, provavelmente sabe o que aqueles símbolos sem sentido revelam.
Dom Bruno calçou seus sapatos e saiu em direção à casa de um de seus ajudantes nas pesquisas. Francesco era um historiador de apenas 25 anos, no entanto, suas reflexões e descobertas sempre contribuíram muito. Chegando lá, o bispo relatou o que havia acontecido e mostrou a carta que tinha recebido há pouco. O jovem, ainda mais curioso do que Bruno, disse que o acompanharia nesta jornada.
Os dois arrumaram as malas ainda na calada da noite e ao amanhecer, compraram as passagens de trem, de Verona em direção a Veneza, encontrar Arthur.

O que será que esta viagem promete?

Acadêmicas: Ana C. Ribeiro Teixeira e Natália Tiemi

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

B.U.R.GS

Capítulo V


 A escultura em sua totalidade é composta por 6 peças, 5 disposta em meia lua e 1 (cristo) se encontra no centro. Elas descobriram que nas figuras dos guerreiros em meia lua havia gravado microscopicamente em seus chapéus as seguintes letras: B U R G S respectivamente em ordem da direita para a esquerda. Na figura central, onde foi encontrado o mapa, elas identificaram o símbolo que representa o masculino, um triângulo.
Depois de um longo período de tempo consultando livros, documentos da igreja, Sol, Joana e Rômulo percebem que as letras gravadas nos guerreiros não aparecem no nome do escultor que os criaram, sendo assim, eles suspeitam que é possível que a obra fosse esculpida por esse BURGS. Ao se voltar para documentos históricos do artista Aleijadinho, Joana descobre que ele fez um número surpreendente de obras durante sua vida, um número quase que impossível, e depois de fazer uma análise estéticas das esculturas do aleijadinho com A Flagelação ela realmente conclui que tal obra muito provavelmente não é a de Aleijadinho.
Ao verificar documentos da época colonial, Sol e Joana descobrem um registro do navio de Visconde de Nassau, que veio pra o Brasil por volta de 1637, no qual havia os nomes dos tripulantes, entre eles além do artista Eckhout, veio também um um jovem de 18 anos chamado Rutger Van Buregis.
Buregis, mesmo sendo holandês, durante sua estadia no Brasil voltou-se para a função da classe carmelita, além da jesuítica. Mesmo que a primeira estivesse mais voltada para as freiras, Buregis também agia no meio, porém com objetivos distintos: ele trazia crianças e adolescentes órfãos da Europa e os submetiam à ação de uma seita, com um número consideravelmente grande de padres atuantes, que acreditavam e pregavam alcançar a salvação divina por meio do estupro de seres espontâneos e inocentes: as crianças, reforçada desde as primeiras iniciativas de colonização e invasão dos territórios das Américas.

 Tais crianças frequentemente eram fruto de relações entre padres europeus e fiéis por estupros ocorridos nas cidades, bem como relações extraconjugais. Deixadas às ruas ou em conventos, algumas eram assassinadas, outras morriam por desnutrição e doenças diversas, e dentre as que sobreviviam algumas eram recolhidas para serem levadas para as colônias.
 O uso do corpo como intermédio do divino e humano é presente em diversas crenças, mas o cunho sexual é entendido como tabu na religião cristã sob um plano geral, uma vez que o sexo existe para procriação. No entanto, a linha é difusa quando se tratam de situações não-oficiais, e quaisquer iniciativas de aliciação e abuso, se ocorrem, ficam debaixo dos panos. Ao final do século XV e início do século XVI, com a perda do controle da população ocasionado pelos movimentos de reformas religiosas que ascendem em voz e força (culminando na reforma de Lutero) e os desdobramentos renascentistas, um grupo dentro do clero preocupa-se com as formas de persuasão possíveis para recuperar o poder que se dissolve. Considerando o momento frágil, ao invés de manter as práticas ritualísticas que funcionariam bem dentro dos séculos da Idade Média, decidem por experimentar a validade de tais práticas em suas colônias quando chegam as informações da descoberta de um novo continente.
 No Brasil, já bem estruturada e dominante, em 1658 foi realizado um documento com toda a corte jesuítica, instituindo a prática pedofílica e o uso do estupro como componente essencial para o alcance da santidade e salvação divina através das relações sexuais. Tal celebração foi realizada na missão jesuítica que ficava à margem do Rio Tibagi, no atual estado do Paraná.
Este grupo, sendo descoberto pelos católicos portugueses presentes em terras brasileiras, foi perseguido e caçado, porém nunca exterminado. Em uma fuga, em 1662, acredita-se que Buregs enterrou o documento protegido por uma caixa de pau-brasil em terras paranaenses, próxima da região onde fica a bacia do rio Tibagi. Nesta fuga ele foi morto pelos padres portugueses.
A seita aumentou ao passar dos anos, no entanto - tomou forma e visibilidade, sendo apresentada como nova religião em meados dos anos 1960 sob o nome de Filhos de Deus, possuindo devotos em diversos países até hoje e sendo considerada oficialmente como Seita pelo FBI.
Depois de terem descoberto essa narrativa, Sol, Rômulo e Joana logo associaram as letras BURGS como uma homenagem feita por um seguidor para Rutger Van Buregis, e a representação símbolo masculino que remete ao falo. Elas estavam com o mapa que levava ao possível paradeiro do documento. 
Sendo assim o trio começa a correr contra o tempo para decifrar os símbolos do mapa e achar o possível paradeiro da caixa escondida.
Desenrolando todos os mistérios que o mapa contem e sobrevivendo à todas as torturas, elas descobrem que o mapa se encontra enterrado na região onde foi fundada, em 1969, a Universidade Estadual de Maringá.
O local do esconderijo havia sido descoberto, neste momento Rômulo se articula rapidamente para ter acesso ao espaço antes de Joana e Sol, e justamente em um momento de descuido dessa sua pressa ele deixa passar um descuido, a presença da marcação do símbolo da seita presente em seu calcanhar. Sol não sendo burra nem nada reconhece o símbolo e desmascara Rômulo para a Joana. E aí uma briga física acontece e Rômulo acerta Joana na jugular com uma faca.
Desesperado e assustado Rômulo foge e Sol liga para a polícia e conta quem havia a matado. Porém, Rômulo sendo o protegido da igreja que acredita que ele tenha a matado por ter conseguido pegar o mapa, consegue sair a salvo, o caso é arquivado e a morte esquecida como tantas outras naquele momento histórico.
Rômulo, depois do acontecido, volta para a igreja para mais um dia de trabalho, porém, neste meio período de fuga e sumiço dele, os superiores descobrem seu envolvimento com os Iluminatti, Sol o havia denunciado, e o matam.
Guiada pela sede de vingança contra a igreja católica, Sol quer descobrir o documento, mas em contrapartida guiada pela proteção social das crianças e dos adolescente ela decide por não desenterrar a caixa, porém deixa um marco onde marcava no mapa o local. Em 1976, já a beira da morte, e com o fim da ditadura, Sol decide fazer um marco onde acreditava estar a caixa, que mais tarde foi tornado no memorial dos mortos do massacre do eldorado por uma de suas seguidoras. E o mapa... elas o queimaram.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

MANUSCRITO DA BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO

Quarta parte


O curioso Manuscrito da Biblioteca Nacional do RIo de Janeiro recentemente descoberto, e ainda sem tradução, levantou comparações com outros manuscritos de características semelhantes sendo exemplos deste o Manuscrito Voynich e o Codex Seraphinianus.

O Manuscrito Voynich "o livro que ninguém consegue ler"

Manuscrito Voynich é também um misterioso livro manuscrito e ilustrado com um conteúdo incompreensível. Imagina-se que tenha sido escrito há aproximadamente 600 anos por um autor desconhecido que se utilizou de um sistema de escrita não-identificado e uma linguagem inteligível. É conhecido como "o livro que ninguém consegue ler".

O Codex Seraphinianus a enciclopédia indecifrável

O Codex Seraphinianus é uma enciclopédia sobre um mundo imaginário com um texto indecifrável com mais de mil desenhos feitos pelo artista e arquiteto italiano Luigi Serafini entre 1976 e 1978. A primeira edição do livro foi publicada em 1981 pela Franco Maria Ricci. Em 2006, o livro foi relançado na Itália pela editora Rizzoli numa edição mais econômica, porém com excelente qualidade de impressão.

Páginas finais do Manuscrito que forram arrancadas so corpo do livro

O Manuscrito da Biblioteca Nacional apresenta mais um implico para os pesquisadores encarregados de suas tradução, sendo esse, o fato de estar incompleto, pois algumas paginas finais do texto encontram-se arrancadas do corpo do livro, impossibilitando a analise e comparação dos textos como um todo de modo a dificultar ainda mais o processo de tradução.

Por Aron Brito

MANUSCRITO DA BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO

Terceira parte


A partir do estudo do símbolo espiralado, os pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro conseguiram por meio de analise de sua repetição e disposição no corpo do texto transpor do idioma desconhecido, utilizado nos escritos do documento, para a lingua portuguesa três palavras, sendo elas:

 Planta
 Cura
 Sonho

  
Página do Manuscrito contendo desenhos de que acredita-se ser plantas de uma flora desconhecida

Página do Manuscrito contendo o que acredita-se ser animais de uma fauna desconhecida





MANUSCRITO DA BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO

segunda parte

Após a analise do documento feita pelo grupo multidisciplinar de pesquisadores, em diversas áreas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi constatado pela equipe, a idade do artefato. Acredita-se, pela datação do papel que seja da época contemporânea a construção da biblioteca (1808), que no período do império possuía a alcunha de Biblioteca Real

página contendo símbolo que faz alusão a uma  espiral
Foi-se constatado também a presença constante entre as paginas de desenhos e ideogramas a presença de um símbolo espiralado, sendo esse presente em cada uma das páginas, contudo variando de sentido e posição. A espiral é uma forma constante também na natureza sendo uma das representações gráficas da sequencia numérica proposta pelo matemático Leonardo Pisa, mais conhecido como Fibonacci, onde a progressão se da pela soma dos dois números anteriores que resulta no posterior de modo a sempre se produzir uma sequencia que se expande proporcionalmente.

1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, ... 

Fn = Fn - 1 + Fn - 2





 

Por Aron Brito

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

O MISTÉRIO DE LORA - Episódio VII



O MISTÉRIO DE LORA - Episódio VII

Conceito e execução da obra são de autoria dos acadêmicos Josiele Cardoso da Silva; Larissa Silvério Figueiredo; Monalisa Romanesi Santos; Thaís Joana Tito Gonçalves e Willyan Henrique Batosti da Silva.

Episódio anterior: http://dialogosarteciencia.blogspot.com.br/2017/12/o-misterio-de-lora-episodio-vi.html



Episódio VII: Em busca de Ilíada

Naomi pega consigo todas as pistas, coloca em uma mochila, acorda seus pais para avisar que terá que viajar de última hora e pede que eles a levam até a rodoviária. Essa era a última tentativa de Naomi desvendar a morte de Ellora, pois a essa altura temia pela sua própria vida. Naomi não tinha certeza de que Ilíada de fato residia nesse endereço, mas não podia deixar de tentar. Ela havia comparado a letra de Frederico e de Ilíada, e de fato elas não eram as mesmas.  Como a viagem iria demorar várias horas, decide tirar um cochilo. Ao acordar havia uma mensagem de Frederico na qual ele pediu se ela poderia devolver os postais para ele, para guardar de recordação. Naomi não se dá ao trabalho de responder, mas se toca que ele poderia rastreá-la por meio do celular. Então numa atitude desesperada, retira suas informações do aparelho e o joga pela janela.
Naomi nunca tinha ido a São Paulo antes, mas não estava muito interessada em pedir ajuda para estranhos, e apenas com a ajuda de um mapa consegue chegar ao local indicado, mas não era o endereço de uma casa e sim de uma livraria. Determinada em sua busca, entra e pergunta para uma das atendentes onde ela poderia encontrar uma moça chamada Ilíada. Infelizmente, indo em sentido contrário as expectativas de Naomi, a atendente lhe informa que não há ninguém com esse nome trabalhando na livraria. Naomi estava começando a pensar que o endereço não era verídico, quando começou a reparar em uma moça, de lindos cabelos pretos e cacheados, que estava sentada em uma das mesas com um caderno que possuía o mesmo desenho de um dos cartões postais que Lora havia recebido. Naomi se aproxima lentamente da moça:


Naomi: - Com licença, posso me sentar com você? Bom... sei que não me conhece, mas poderia me dizer se reconhece isto?
Naomi mostra os cartões postais para a moça que reage como se estivesse surpresa, e indaga:
 - É claro que conheço! Mas me espanta estar com você algo que foi endereçado para outra pessoa. O que quer comigo?! Cadê a Ellora?!
Naomi: -  Bom... sou amiga de Ellora, me chamo Naomi. Infelizmente a Ellora não está mais viva, aparentemente ela se suicidou, mas pra ser sincera, não acredito nisso.  Eu vim de Maringá até aqui para saber se pode me dar uma pista do que teria ocorrido com Ellora. 
Ilíada: -  Como eu posso acreditar em você? Talvez você possa tê-la matado! Ou ter sido enviada até aqui para me encontrar. Quem garante que você não a matou para conseguir esses cartões?!
Naomi: - A Lora me mandou uma mensagem com a localização dos cartões no dia em que morreu. Faz três meses que ela se foi e desde então estou investigando o que poderia ter ocorrido. Descobri nesse meio tempo que ela estava pesquisando sobre sinestesia compartilhada e que vocês duas possuíam uma ligação.
Ilíada: - Eu avisei na primeira vez que entrei em contato, que ela deveria tomar cuidado, mas ela não me ouviu! No início ela só pensava na sinestesia como algo voltado para suas produções, depois ela queria pesquisar sobre isso, mas de maneira cientifica, fazendo testes nela mesma e convidou um professor chamado Benjamin para orientá-la. Ellora era muito inteligente, mas também muito influenciável. O professor dela queria que ela me levasse até Maringá, para fazerem testes em mim também, mas ela não queria me entregar, logo eles começaram a pressionar ela, queriam fazer dela e de mim um experimento.  Tinha um tal de Frederico que se fazia de amigo dela, e quando ela descobriu que ele também estava envolvido nisso tudo ficou extremamente magoada. Frederico não era amigo de Ellora, era um hacker que roubava tecnologia de outras empresas e vendia clandestinamente. Ele foi contratado para se aproximar dela, colocar câmeras em sua casa e tentar roubar suas pesquisas do computador. De fato isso ele conseguiu, mas as provas da relação sensível entre Lora e eu, isso eles não conseguiram.
Ilíada: - Eles começaram a pressionar Ellora cada vez mais e mais, até que um dia ela não suportou. Ela tinha deixado o livro com os cartões postais na biblioteca, e precisava devolver os livros que estavam com ela, pois viria no dia seguinte para cá. Eu tinha combinado de esperar ela aqui no café, mas como sabe, ela não apareceu. Não sei ao certo o que aconteceu com Lora, mas tenho certeza de que, se alguém a matou, foi a mandado do professor Benjamin. E, provavelmente, se eles se aproximaram de você, também estará em perigo. Sei que são muitas informações para serem absorvidas, mas creio que elas não são nenhuma grande surpresa para você, afinal conseguiu me encontrar aqui. 
Ilíada: - Irei pedir um chá, você aceita um Naomi?
Naomi: - Aceito sim, obrigada, mas antes irei ao banheiro já volto.
Enquanto seguia em direção ao banheiro, Naomi refletia sobre as novas descobertas, Ilíada parecia dizer a verdade, finalmente Naomi estava certa de que havia descoberto o que tinha ocorrido com Ellora. Entretanto ela precisava ainda desenrolar alguns fatos, pois precisava provar a ligação do professor Benjamin a morte de Lora. afinal de acordo com o laudo policial ela havia se suicidado, como contestar um laudo policial e acusar o professor sem provas concretas. Desse modo faltava ligar mais alguns fios nessa história para conseguir provar que Ellora tinha sido assassinada. Naomi retorna à mesa e se sente confortável ao saber que Ilíada lhe esperava. Ao vê-la Ilíada menciona:
Ilíada: - Naomi fique tranquila irei te ajudar, mas antes disso; o seu chá chegou, prove um pouco, pode lhe acalmar.
Naomi: -  Obrigada! O chá está muito bom, do que é?
Entretanto antes mesmo de Naomi conseguir terminar sua pergunta, começa a sentir sua cabeça pesada e não conseguia mais manter os olhos abertos. Sentia que Ilíada estava-a deixando e havia alguém na porta, Naomi só conseguia ver o vulto daquele corpo, mas aquela silhueta não lhe era estranha. É claro, indagou ela, era de Ellora. Tentou gritar, mas só sentia seu corpo pendendo sobre a mesa. Passaram-se algumas horas, Naomi acorda, não sabia se de fato tinha visto Ellora, ou tudo aquilo não passara de uma imagem criada pelo efeito alucinógeno do chá. Sem saber muito bem o que havia lhe acontecido e quanto tempo havia se passado enquanto estava ali sozinha, Naomi permanece sentada na cama tentando compreender como havia vindo parar ali, quem a trouxe e que local era este.

Depois de se perder em seu pensamento, Naomi tenta voltar a realidade e percebe que aquele lugar desconhecido, era um quarto de hotel. Não possuía nada de familiar nele, a não ser os cartões postais que foram deixados cuidadosamente em cima de uma mesinha de estudo daquele quarto. O que a fez pensar que Ilíada deve ter levado ela até lá. Havia algo a mais naquele quarto, que não a pertencia, e também não fazia parte da mobília daquele cômodo; encima do criado mudo, ao lado da cama, tinha sido deixado um papel dobrado e selado com fita adesiva endereçado a ela. Ao abri-lo, para sua surpresa possuía a seguinte mensagem:

Naomi,
Estou bem. Cuida-se.
Beijos.
 712.01-780.981