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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

DE TUDO ESSE OLHO AINDA NÃO OUVIU

“O olho que tudo vê, mas não ouve. ”
                A influência das artes visuais e da música no ethos foi explorada em muitos momentos na história da humanidade, em que o potencial estético das manifestações artísticas e musicais serviram às relações de poder nas implicações sociais.
                O canto litúrgico e o monopólio intelectual da igreja na Idade média, o financiamento de obras pelo mecenato no Renascimento, a influência social e econômica da burguesia ascendente, que patrocinou peças no Barroco e no período Romântico, são exemplos de como as artes mobilizaram na sociedade o potencial inventivo e estético da criação humana, nas diversas circunstancias em que se propagaram.
               Diversos grupos sociais detectaram que as artes e a música podiam formar vínculos entre seus contemplantes, podiam sintoniza-los às frequências poéticas de uma mesma obra, de uma mesma façanha humana, numa forma esteticamente inventiva e inovadora, capaz de exprimir poeticamente as questões de seu tempo:

Joseph Haydn (1732 — 1809), Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) e Ludwig van Beethoven (1770 — 1827)

                Compositores notórios da história da música, como Haydn e Mozart, pertenceram à irmandade secreta dos maçons. Existe um dado omitido na história sobre a participação dos músicos na maçonaria. Eles foram contratados para comporem peças musicais capazes de evocar o ethos das pessoas, promover o sentimento de plenitude universal das notas musicais regidas pela Música das Esferas.
                O jovem prodigioso compositor alemão Ludwig van Beethoven chegou a conhecer os dois compositores maçons como aluno, porém nestes supostos encontros, foram cogitadas as formas de convite do compositor à fraternidade. Seu contrato consistiria na produção de nove peças, em homenagem às nove musas filhas de Zeus, e ao número de cordas da lira de Hermes dada por Apolo.
                Indeciso sobre a ideia de participar de composições programáticas sob interesses de uma organização secreta, o compositor se arrependeu de ter aceito o convite, mas já era tarde demais. Ele já havia sido iniciado na irmandade, e já havia ouvido conversas sobre questões importantes dos maçons. A condição para sua saída seria passar pela “Punição de Prometeu”, custando sua audição e a impossibilidade de escutar suas próprias sinfonias.
                Existe uma teoria sobre a décima sinfonia de Beethoven, que muitos músicos e teóricos descartaram a existência, porém alguns estudiosos atestam que a obra seria a vingança do compositor, que de maneira sinfônica vazou os segredos da música universal e dos modelos sonoros usados no controle de pessoas pela manipulação da imagem e do som.

Acadêmico: Yan Kimura.

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