“O olho que tudo vê,
mas não ouve. ”
A
influência das artes visuais e da música no ethos
foi explorada em muitos momentos na história da humanidade, em que o potencial
estético das manifestações artísticas e musicais serviram às relações de poder
nas implicações sociais.
O
canto litúrgico e o monopólio intelectual da igreja na Idade média, o financiamento
de obras pelo mecenato no Renascimento, a influência social e econômica da
burguesia ascendente, que patrocinou peças no Barroco e no período Romântico,
são exemplos de como as artes mobilizaram na sociedade o potencial inventivo e estético
da criação humana, nas diversas circunstancias em que se propagaram.
Diversos grupos sociais detectaram que as artes e a música podiam formar vínculos entre seus contemplantes, podiam sintoniza-los às frequências poéticas de uma mesma obra, de uma mesma façanha humana, numa forma esteticamente inventiva e inovadora, capaz de exprimir poeticamente as questões de seu tempo:
Joseph Haydn (1732 — 1809),
Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) e Ludwig van Beethoven (1770 — 1827)
Compositores
notórios da história da música, como Haydn e Mozart, pertenceram à irmandade secreta
dos maçons. Existe um dado omitido na história sobre a participação dos músicos
na maçonaria. Eles foram contratados para comporem peças musicais capazes de
evocar o ethos das pessoas, promover
o sentimento de plenitude universal das notas musicais regidas pela Música das
Esferas.
O
jovem prodigioso compositor alemão Ludwig van Beethoven chegou a conhecer os
dois compositores maçons como aluno, porém nestes supostos encontros, foram cogitadas
as formas de convite do compositor à fraternidade. Seu contrato consistiria na
produção de nove peças, em homenagem às nove musas filhas de Zeus, e ao número
de cordas da lira de Hermes dada por Apolo.
Indeciso
sobre a ideia de participar de composições programáticas sob interesses de uma
organização secreta, o compositor se arrependeu de ter aceito o convite, mas já
era tarde demais. Ele já havia sido iniciado na irmandade, e já havia ouvido
conversas sobre questões importantes dos maçons. A condição para sua saída
seria passar pela “Punição de Prometeu”, custando sua audição e a
impossibilidade de escutar suas próprias sinfonias.
Existe
uma teoria sobre a décima sinfonia de Beethoven, que muitos músicos e teóricos descartaram
a existência, porém alguns estudiosos atestam que a obra seria a vingança do
compositor, que de maneira sinfônica vazou os segredos da música universal e
dos modelos sonoros usados no controle de pessoas pela manipulação da imagem e do som.
Acadêmico: Yan Kimura.
Acadêmico: Yan Kimura.
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