Pt.2
Intrigado com o mistério que
cercava o labirinto, Dom Bruno ficou dias sem dormir, fitando e analisando o
que havia recebido. Durante a madrugada, enquanto procurava em livros
aleatórios de arte e alquimia, algo que pudesse ajudar a resolver aquele mistério,
Bruno percebe uma carta que fora jogada por baixo da porta e se encaixou em um
dos vãos do piso de madeira, provavelmente quando ele havia saído para comprar
café. Rapidamente, Bruno pegou a carta, identificando o selo de seu amigo
cardeal, Arthur.
Veneza, 20 de janeiro de
1987.
Meu querido e velho amigo,
Espero que tenha recebido o
meu presente. Desculpe pelo peso, carregar tudo sozinho pode ser perigoso,
então, seria prudente pedir ajuda para transporta-lo, afinal, duas cabeças
pensam melhor do que uma. Enquanto um descansa, o outro trabalha. Não quero que
acabe se machucando, com a nossa idade, devemos saber nossas limitações. Veneza
continua linda, por que não vem me fazer uma visita? Ficarei aqui por mais dez
dias, o Vaticano não nos permite férias longas, você sabe bem disso, não é
mesmo? Acredito que será de grande serventia para as suas pesquisas.
O bispo percebeu que as
palavras de seu amigo tinham sentido ambíguo, sabia que era perigoso ser
guardião deste labirinto, então, provavelmente sabe o que aqueles símbolos sem
sentido revelam.
Dom Bruno calçou seus
sapatos e saiu em direção à casa de um de seus ajudantes nas pesquisas.
Francesco era um historiador de apenas 25 anos, no entanto, suas reflexões e
descobertas sempre contribuíram muito. Chegando lá, o bispo relatou o que havia
acontecido e mostrou a carta que tinha recebido há pouco. O jovem, ainda mais
curioso do que Bruno, disse que o acompanharia nesta jornada.
Os dois arrumaram as malas
ainda na calada da noite e ao amanhecer, compraram as passagens de trem, de
Verona em direção a Veneza, encontrar Arthur.
O que será que esta viagem
promete?
Acadêmicas: Ana C. Ribeiro Teixeira e Natália Tiemi
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