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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

O PORTAL

Pt.2
Intrigado com o mistério que cercava o labirinto, Dom Bruno ficou dias sem dormir, fitando e analisando o que havia recebido. Durante a madrugada, enquanto procurava em livros aleatórios de arte e alquimia, algo que pudesse ajudar a resolver aquele mistério, Bruno percebe uma carta que fora jogada por baixo da porta e se encaixou em um dos vãos do piso de madeira, provavelmente quando ele havia saído para comprar café. Rapidamente, Bruno pegou a carta, identificando o selo de seu amigo cardeal, Arthur.


Veneza, 20 de janeiro de 1987.

Meu querido e velho amigo,
Espero que tenha recebido o meu presente. Desculpe pelo peso, carregar tudo sozinho pode ser perigoso, então, seria prudente pedir ajuda para transporta-lo, afinal, duas cabeças pensam melhor do que uma. Enquanto um descansa, o outro trabalha. Não quero que acabe se machucando, com a nossa idade, devemos saber nossas limitações. Veneza continua linda, por que não vem me fazer uma visita? Ficarei aqui por mais dez dias, o Vaticano não nos permite férias longas, você sabe bem disso, não é mesmo? Acredito que será de grande serventia para as suas pesquisas.


O bispo percebeu que as palavras de seu amigo tinham sentido ambíguo, sabia que era perigoso ser guardião deste labirinto, então, provavelmente sabe o que aqueles símbolos sem sentido revelam.
Dom Bruno calçou seus sapatos e saiu em direção à casa de um de seus ajudantes nas pesquisas. Francesco era um historiador de apenas 25 anos, no entanto, suas reflexões e descobertas sempre contribuíram muito. Chegando lá, o bispo relatou o que havia acontecido e mostrou a carta que tinha recebido há pouco. O jovem, ainda mais curioso do que Bruno, disse que o acompanharia nesta jornada.
Os dois arrumaram as malas ainda na calada da noite e ao amanhecer, compraram as passagens de trem, de Verona em direção a Veneza, encontrar Arthur.

O que será que esta viagem promete?

Acadêmicas: Ana C. Ribeiro Teixeira e Natália Tiemi

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