O MISTÉRIO DE LORA - Episódio VII
Conceito e execução da obra são de autoria dos acadêmicos
Josiele Cardoso da Silva; Larissa Silvério Figueiredo; Monalisa Romanesi Santos; Thaís Joana Tito Gonçalves e Willyan Henrique Batosti da Silva.
Episódio anterior: http://dialogosarteciencia.blogspot.com.br/2017/12/o-misterio-de-lora-episodio-vi.html
Episódio VII: Em
busca de Ilíada
Naomi pega consigo todas as pistas,
coloca em uma mochila, acorda seus pais para avisar que terá que viajar de última hora e pede que eles
a levam até a rodoviária. Essa era a última tentativa de Naomi
desvendar a morte de Ellora, pois a essa altura temia pela sua própria vida. Naomi não tinha certeza de que Ilíada de fato residia nesse
endereço, mas não podia deixar de tentar.
Ela havia comparado a letra de Frederico e de Ilíada, e de fato elas não eram as mesmas.
Como a viagem iria demorar várias horas, decide tirar um cochilo. Ao acordar havia uma
mensagem de Frederico na qual ele pediu se ela poderia devolver os postais para
ele, para guardar de recordação. Naomi não se dá
ao trabalho de responder, mas se toca que ele poderia rastreá-la por meio do celular.
Então numa
atitude desesperada, retira suas informações do aparelho e o joga pela janela.
Naomi nunca tinha ido a São Paulo antes, mas não estava muito interessada
em pedir ajuda para estranhos, e apenas com a ajuda de um mapa consegue chegar
ao local indicado, mas não
era o endereço de uma
casa e sim de uma livraria. Determinada em sua busca, entra e pergunta para uma
das atendentes onde ela poderia encontrar uma moça chamada Ilíada. Infelizmente, indo em sentido contrário as expectativas de
Naomi, a atendente lhe informa que não há
ninguém com esse
nome trabalhando na livraria. Naomi estava começando a pensar que o endereço não
era verídico,
quando começou a
reparar em uma moça,
de lindos cabelos pretos e cacheados, que estava sentada em uma das mesas com um
caderno que possuía
o mesmo desenho de um dos cartões postais que Lora havia recebido. Naomi se aproxima
lentamente da moça:
Naomi: - Com licença, posso me sentar com você? Bom... sei que não me conhece, mas poderia me dizer se reconhece isto?
Naomi mostra os cartões postais para a moça que reage como se
estivesse surpresa, e indaga:
- É claro que conheço! Mas me espanta estar com
você algo que
foi endereçado para
outra pessoa. O que quer comigo?! Cadê a Ellora?!
Naomi: - Bom... sou amiga
de Ellora, me chamo Naomi. Infelizmente a Ellora não está mais viva, aparentemente ela
se suicidou, mas pra ser sincera, não acredito nisso. Eu
vim de Maringá até aqui para saber se pode me
dar uma pista do que teria ocorrido com Ellora.
Ilíada: - Como eu posso acreditar em você? Talvez você possa tê-la matado! Ou ter sido
enviada até aqui para
me encontrar. Quem garante que você não
a matou para conseguir esses cartões?!
Naomi:
- A Lora me mandou uma mensagem com a localização dos cartões no dia em que morreu. Faz três meses que ela se foi e
desde então estou
investigando o que poderia ter ocorrido. Descobri nesse meio tempo que ela
estava pesquisando sobre sinestesia compartilhada e que vocês duas possuíam uma ligação.
Ilíada: - Eu
avisei na primeira vez que entrei em contato, que ela deveria tomar cuidado,
mas ela não me
ouviu! No início ela só pensava na sinestesia como
algo voltado para suas produções, depois ela queria pesquisar sobre isso, mas de maneira
cientifica, fazendo testes nela mesma e convidou um professor chamado Benjamin
para orientá-la.
Ellora era muito inteligente, mas também muito influenciável. O professor dela queria que ela me levasse até Maringá, para fazerem testes em
mim também, mas ela
não queria
me entregar, logo eles começaram a pressionar ela, queriam fazer dela e de mim um
experimento. Tinha um tal de Frederico
que se fazia de amigo dela, e quando ela descobriu que ele também estava envolvido nisso
tudo ficou extremamente magoada. Frederico não era amigo de Ellora, era um hacker que roubava tecnologia
de outras empresas e vendia clandestinamente. Ele foi contratado para se
aproximar dela, colocar câmeras
em sua casa e tentar roubar suas pesquisas do computador. De fato isso ele
conseguiu, mas as provas da relação sensível
entre Lora e eu, isso eles não conseguiram.
Ilíada: - Eles
começaram a
pressionar Ellora cada vez mais e mais, até que um dia ela não suportou. Ela tinha deixado o livro com os cartões postais na biblioteca, e
precisava devolver os livros que estavam com ela, pois viria no dia seguinte
para cá. Eu tinha
combinado de esperar ela aqui no café, mas como sabe, ela não apareceu. Não sei ao certo o que aconteceu com Lora, mas tenho certeza
de que, se alguém
a matou, foi a mandado do professor Benjamin. E, provavelmente, se eles se
aproximaram de você,
também estará em perigo. Sei que são muitas informações para serem absorvidas,
mas creio que elas não
são nenhuma
grande surpresa para você,
afinal conseguiu me encontrar aqui.
Ilíada: - Irei
pedir um chá, você aceita um Naomi?
Naomi: - Aceito
sim, obrigada, mas antes irei ao banheiro já volto.
Enquanto seguia em direção ao banheiro, Naomi
refletia sobre as novas descobertas, Ilíada parecia dizer a verdade, finalmente Naomi estava certa
de que havia descoberto o que tinha ocorrido com Ellora. Entretanto ela
precisava ainda desenrolar alguns fatos, pois precisava provar a ligação do professor Benjamin a
morte de Lora. afinal de acordo com o laudo policial ela havia se suicidado,
como contestar um laudo policial e acusar o professor sem provas concretas.
Desse modo faltava ligar mais alguns fios nessa história para conseguir provar
que Ellora tinha sido assassinada. Naomi retorna à mesa e se sente confortável ao saber que Ilíada lhe esperava. Ao vê-la Ilíada
menciona:
Ilíada: - Naomi
fique tranquila irei te ajudar, mas antes disso; o seu chá chegou, prove um pouco,
pode lhe acalmar.
Naomi: - Obrigada! O chá está muito bom, do que é?
Entretanto antes mesmo de Naomi
conseguir terminar sua pergunta, começa a sentir sua cabeça pesada e não conseguia mais manter os olhos abertos. Sentia que Ilíada estava-a deixando e
havia alguém na
porta, Naomi só conseguia
ver o vulto daquele corpo, mas aquela silhueta não lhe era estranha. É claro, indagou ela, era de Ellora. Tentou gritar, mas só sentia seu corpo pendendo
sobre a mesa. Passaram-se algumas horas, Naomi acorda, não sabia se de fato tinha
visto Ellora, ou tudo aquilo não passara de uma imagem criada pelo efeito alucinógeno do chá. Sem saber muito bem o que
havia lhe acontecido e quanto tempo havia se passado enquanto estava ali
sozinha, Naomi permanece sentada na cama tentando compreender como havia vindo
parar ali, quem a trouxe e que local era este.
Depois de se perder em seu pensamento,
Naomi tenta voltar a realidade e percebe que aquele lugar desconhecido, era um
quarto de hotel. Não
possuía nada de
familiar nele, a não
ser os cartões postais
que foram deixados cuidadosamente em cima de uma mesinha de estudo daquele
quarto. O que a fez pensar que Ilíada deve ter levado ela até lá.
Havia algo a mais naquele quarto, que não a pertencia, e também não
fazia parte da mobília
daquele cômodo;
encima do criado mudo, ao lado da cama, tinha sido deixado um papel dobrado e
selado com fita adesiva endereçado a ela. Ao abri-lo, para sua surpresa possuía a seguinte mensagem:
Naomi,
Estou bem. Cuida-se.
Beijos.
712.01-780.981
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